Deputados e senadores cometerão crime de responsabilidade junto com Dilma se meta fiscal mudar
Este 2 de dezembro de 2015 pode ser o Dia D para definir de que lado está a classe política: ao lado da lei ou conivente com o crime. Não tem opção. Se os parlamentares autorizarem o governo da União a nos impor, goela e bolso abaixo, um rombo de R$ 119,9 bilhões, será cometido um crime de responsabilidade. A Presidenta Dilma Rousseff fica passível de impeachment, junto com os deputados e senadores que a apoiarem, por infração direta, em flagrante, contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. A análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016 será outra brincadeira de mau gosto.
O risco de ocorrer o estupro fiscal é gigantesco. A nova meta, na verdade um drible criminoso na contabilidade federal, com a provável conivência da classe política, autoriza o governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) a ter um déficit de R$ 119,9 bilhões em 2015. A mesma regra permitirá ao setor público consolidado (incluindo estados, municípios e estatais) acumular um rombo de R$ 117 bilhões. Se tal crime for cometido, os irresponsáveis políticos brasileiros estarão dando mais uma prova (já existem várias) de que precisam ser impedidos e substituídos imediatamente.
A aprovação ontem, pela Comissão Mista do Orçamento do Congresso, para o retorno da CPMF já foi um sinal de que vem safadeza pela frente. O Congresso adiou para o meio-dia de hoje a votação sobre a conivência ou não com a imoralidade fiscal de uma máquina estatal capimunista, gastadora, corrupta e ineficiente. É patético ver um presidente do Congresso, como Renan Calheiros, denunciado por corrupção pela Procuradoria Geral da República, comandando mais uma farsa parlamentar. É nojento o esquema de obstrução de votações promovido por uma falsa oposição que não define o que fazer com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também enrolado por evidências de corrupção.
A votação sobre a revisão da meta fiscal, que Dilma Rousseff efetivamente nunca cumpriu, sempre estuprando a lei fiscal, será o indicador definitivo sobre o nível de responsabilidade (ou não) da classe política brasileira.
A tendência é que os políticos votem a favor dos interesses deles mesmos. A pretensa oposição fará o jogo de cena, fingindo que é contra a revisão da meta fiscal. Afinal, o discurso aceita qualquer mentira.
Na prática canalha do plenário, deve passar a mudança casuística das contas públicas. Se os deputados e senadores votarem contra o desgoverno, o falido setor público ficará paralisado. Como isto atrapalha os negócios dos políticos, em função de um calote sistêmico, a tendência é que o crime de Dilma seja relevado, com a conivência, também delituosa, dos parlamentares.
O cenário brasileiro, já em crise estrutural e institucional, fica ainda mais grave e perigoso. O impasse político, que caminha em alta velocidade para uma ruptura, causará a desmoralização definitiva do País perante o mundo.
A tendência é uma paralisação cada vez maior do Brasil, cuja economia sofre uma retração nunca antes vistam com desindustrialização e extinção de postos de trabalho, gerando cada vez mais desemprego, endividamento das famílias e aumento da tensão social - problemas que podem degenerar em depressão individual, revolta e violência.
A única solução para mudar este jogo sem regras obedecidas será uma inédita Intervenção Constitucional.
Se o cidadão esclarecido não exercer seu poder instituinte originário, vamos todos para o brejo, em situação pior que a vaca ou do boi, tecnicamente transformados em políticos mortos-vivos.
Como hoje é Dia Nacional do Samba... Let's dance...
Hora de detonar
Senador abandonado
Continua o impasse
Olho Mágico
Circula pelos zapzaps de maneira frenética a seguinte piadinha muito séria:
Lula passou mal e foi internado no INCOR com suspeita de infarto.
Dona Marisa contou aos médicos que ontem à noite pediu um Sushi para jantar.
Pouco depois o ex-presidente, que não sabia do pedido, atendeu o interfone com o porteiro do prédio avisando:
- "O japonês chegou".
E passou muito mal... Muito mal... Com a imagem que pensou ter visto pelo olho mágico...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
02 de dezembro de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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