"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 26 de dezembro de 2015

LAVA JATO: DOLEIRA NELMA KODAMA NEGOCIA DELAÇÃO

Condenada a 18 anos de prisão, ela revela a deputados da CPI da Petrobras que pretende colaborar com Ministério Público e Polícia Federal


A doleira Nelma Kodama depõe na CPI da Petrobras(Geraldo Bubniak/AGB/Folhapress)

Presa pela Polícia Federal, a doleira Nelma Kodama disse nesta terça-feira que negocia um acordo de colaboração premiada com as autoridades que investigam o propinoduto instalado na Petrobras. 
Ela foi a primeira a depor no segundo dia de depoimentos à comitiva de deputados da CPI da Petrobras, em Curitiba (PR), base da Operação Lava Jato. Por causa das negociações para fazer delação premiada, Nelma argumentou que não pode responder a todas as perguntas dos deputados.

Nelma disse que irá falar toda a verdade se fechar o acordo com Ministério Público: "Eu não tenho medo de morrer. A doleira também afirmou que o "Brasil é movido a corrupção". "Se a corrupção parar, o Brasil para", declarou.

Mesmo condenada a dezoito anos de prisão por 91 crimes de evasão de divisas, Nelma ainda está presa na carceragem na Polícia Federal - e não em um presídio - para facilitar as conversas com as autoridades do Ministério Público e da PF que negociam o acordo de delação.

Segundo as investigações, Nelma era uma espécie de braço-direito do doleiro Alberto Youssef. Juntos, eles movimentaram mais de 10 bilhões de reais por meio de empresas de fachada e depósitos em contas numeradas e empresas offshore no exterior.

Após ouvir a doleira, os deputados passaram a fazer perguntas a René Luiz Pereira, outro réu da Lava Jato. Pereira foi condenado a catorze anos de prisão por tráfico internacional de drogas, além de atuar no núcleo de evasão de divisas e branqueamento de capitais vinculado a Youssef. 

Ele não quis responder as perguntas dos parlamentares sobre seu envolvimento no esquema. Mas discutiu com alguns deputados quando afirmou que a Polícia Federal forjou provas para condená-lo. O suposto crime praticado pelos policiais nunca foi denunciado às autoridades pelo réu.

26 de dezembro de 2015
Alexandre Hisayasu, de Curitiba, VEJA

Nenhum comentário:

Postar um comentário