Tenho medo e estou apreensivo com tantos terremotos nas terras da desgraça. De repente, o mundo começa a tremer de Mariana ao Atlântico, e assim fica explicado o rompimento das barragens da Samarco. Coincidência ou conveniência? É tudo isso e mais irresponsabilidade das empresas que exploram esse tipo de trabalho escravo, além das autoridades, as de agora e também as de outrora… Culpar terremoto é uma boa tática pra ficar livre de indenizações, né? Assim como de todos nós, que votamos por obrigação legal… Muitos são aqueles que jogam no time do “quanto pior, melhor”. Nesse cenário infeliz, o governador perde pontos quando anuncia o desastre da mineradora Samarco fora do palácio do governo e justamente na sede da empresa.
Não será essa falta de desconfiômetro das autoridades o motivo do acirramento dos ânimos políticos? O povo cansou de tanta mentira e roubalheira e está no limite da tolerância. Não é sem motivo que Dona Dilma aparece na televisão, e, de repente, não se sabe de onde saem tantas panelas. O ex-Luiz, acostumado a andar nos braços de uma “currumaça” de puxas do seu governo, em que mamou até vomitar, sente falta das mamadeiras, e, daí, sobram vaias para todo mundo. Petistas estão sendo vaiados em todos os lugares públicos onde aparecem.
Há duas semanas, uma manifestação de repúdio ao petista Patrus Ananias, vaiado quando tomava umas pingas com um casal amigo em um dos nossos botecos, foi motivo de reclamações até de adversários, já que é sabido que ele, Patrus, é boa gente, além de pertencer a um clã familiar dos mais tradicionais daqui, das Gerais. E surgiu a dúvida: os protestos e as vaias não teriam sido para o casal que o acompanhava? Pode ser, já que o ministro e ex-prefeito de BH goza de elevado conceito na capital. E, por isso, apareceu numa dessas correntes sociais da internet um movimento com o nome de “rolezinho para tomar cerveja com o Patrus”. E aí, também, novas reações.
O NOME DE PATRUS
A penúltima edição da revista “Veja”, de número 2.451, de 11.11.15, publicou trechos do depoimento do dono da construtora UTC, que está preso por envolvimento na operação Lava Jato, em que esse delator denuncia políticos, alguns mineiros, que receberam dinheiro das obras do Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – nesta última eleição e também na de 2012. Para minha surpresa, o nome de Patrus está lá, com mais meia dúzia de deputados do PT.
Também é voz corrente no meio político que durante todo o tempo em que ele foi ministro de Estado pela primeira vez, no governo Dilma manteve, e mesmo agora mantém, gabinete permanente na chamada augusta Assembleia, onde é funcionário efetivo com todas as prerrogativas de líder de bancada. Será mesmo?
Custo a acreditar nisso, e nem preciso, mas a seus amigos de opa, que o têm como guru, e cujo partido é esconderijo de apóstatas terroristas, é bom que ele dê explicações se não quiser levar mais vaias. O inferno está cheio de inocentes…
29 de novembro de 2015
Sylo Costa
O Tempo
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