A esta altura, inequívoca a responsabilidade – e culpa – da empresa Samarco. Mas claro que uma tragédia dessa monta, envolvendo obra imensa, também inclui entes públicos na lista de responsáveis – ainda que indiretos.
Nesse sentido, chama atenção que tenha repercutido bem pouco o seguinte fato: houve um pedido de embargo da barragem, mas esse pedido ficou parado por DEZESSEIS MESES no Ibama de MG. Isso mesmo! Mais de um ano parado num setor do referido órgão público federal.
É preciso, portanto, apurar de fato TODOS os responsáveis. E sem dúvida alguma é pelo menos inquietante que um processo desse tipo, que poderia talvez ter mudado o curso da tragédia, tenha ficado PARADO no órgão público responsável justamente por fiscalizar tudo.
Assassinato de Celso Daniel: enfim, os primeiros condenados
Com a prisão do LÍDER DO GOVERNO DILMA NO SENADO, convenhamos, o noticiário tendeu a se concentrar nisso. Não é todo dia que um senador, no exercício do mandato, é preso (na verdade, nunca ocorreu, nem no império). E esse fato acabou abafando outra notícia igualmente importante.
ENFIM, depois de tantos anos, uma decisão judicial condenatória no Caso Celso Daniel. A 1ª Vara Criminal de Santo André determinou pena de prisão de 15 anos a Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”. Além ele, também foram condenados o ex-secretário de Serviços Municipais da cidade, Klinger Luiz de Oliveira Sousa, e o empresário Ronan Maria Pinto.
Repercussão no PT
Esse caso terrível é uma grande mancha que persegue o Partido dos Trabalhadores, especialmente o ex-ministro Gilberto Carvalho (que atuou na gestão Lula, de quem é quase um braço-direito, e também na de Dilma) e Miriam Belchior, igualmente ministra de todas as gestões petistas na Presidência da República.
Carvalho, citado na decisão, reagiu dizendo que nunca se calará. É exatamente isso que esperamos, até mesmo pedimos: por favor, não se cale. Fale tudo.
Mundo meio doido
A crítica ao “politicamente correto” não é, como quer parte da militância, uma queixa de conservadores insensíveis e obsoletos. Ao contrário: é inegável que a onda da correção política a todo custo tem muitas vezes atropelado fatos, lógica, bom senso etc. E atropelado de maneira irracional.
Serve de exemplo o que houve esses dias numa universidade do Canadá. Um curso de yoga foi cancelado por conta do “genocídio cultural” indiano. Isso mesmo. De alguma forma, sabe-se lá como, ligaram pontos e chegaram a essa conclusão estapafúrdia. A coisa chegou a esse ponto.
29 de novembro de 2015
implicante
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