"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

AÉCIO: VITÓRIA DA MENTIRA E DA CALÚNIA COMPLETA UM ANO



"(In)feliz aniversário": título da coluna de Aécio Neves publicada hoje na Folha de São Paulo:

Há exatamente um ano os brasileiros foram às urnas carregados de esperança. Era enorme a expectativa de que o país iniciasse uma era de prosperidade e reencontrasse seus valores mais caros.Um breve olhar para esses 12 meses só faz aumentar minha convicção de que a oposição travou na eleição o bom combate. 

Falando a verdade, apresentamos aos brasileiros os problemas que o país precisava enfrentar e as nossas ideias para superá-los. Infelizmente a candidatura vitoriosa privou o Brasil desse debate, optando por criar uma grande ilusão em relação à situação do país, usando e abusando da mentira e da calúnia como principais armas de campanha. 

O que prevíamos –e a presidente negava– aconteceu: o país parado, a economia em recessão, corrupção institucionalizada, ineficiência do governo escancarada, inflação e desemprego em disparada. 

Os riscos se avolumaram. Soluções que apresentamos e foram hostilizadas passaram a ser agora perseguidas, ainda que de forma deturpada. A candidata vencedora fez o inverso do que prometera na campanha. 

Mesmo sabendo da gravidade da situação fiscal do país e da necessidade urgente de ajustes, a presidente candidata insistiu na estratégia ilusionista até a última hora. No dia da eleição, publicou nesta Folha artigo pródigo em autoelogios e repleto de indicadores que já sabia serem insustentáveis.

Nele, ela se vangloriou das baixas taxas de desemprego, da inflação sobre controle e de "um importante equilíbrio macroeconômico". Vendeu a ideia de um país governado com responsabilidade fiscal, quando já havia sido gestado o desastre em curso. 

Somos um povo generoso que tende a perdoar erros e até mesmo a relevar a incompetência, quando percebe que há boa intenção. O engodo deliberado e a má-fé é que são imperdoáveis para nós, brasileiros. E é exatamente isso o que a população está dizendo todos os dias à presidente Dilma e ao PT.  

Não há na política, especialmente nas crises, ativos mais valiosos do que confiança e credibilidade. A perda desses atributos é extremamente grave porque dificilmente se consegue recuperá-los. Essa é a verdadeira crise que atormenta o petismo. 

Se a vitória nas urnas não nos coube, a missão que nos foi delegada pela população não foi menos nobre: fiscalizar o governo eleito e zelar pelo país. 

Em um dos anos mais difíceis das últimas décadas, enfrentamos dois desafios centrais: proteger os brasileiros do caos econômico e social ao qual fomos dragados pelo governo do PT e, em aliança com a sociedade, defender a verdade, as instituições e a democracia, bases do novo Brasil que buscamos.

Aniversários são datas em que o tempo ganha concretude e nos lembra que colhemos o que plantamos.

26 de outubro de 2015
in coroneLeaks

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