É realmente difícil saber quando um militante de esquerda age por idiotice, pirraça ideológica ou interesse puro e simples.
Em alguns casos, aliás, é possível que os fatores sejam somados. E a repercussão do rebaixamento do Brasil perante a Standard& Poor’s é uma dessas situações.
Essa galera meio estranha, que até hoje não admite completamente a queda do muro de Berlim, não aceitou o fato – e é um fato! – que a política econômica irresponsável causou nosso rebaixamento.
Jamais. Para eles, a culpa é sempre do neoliberalismo, dos EUA, do capitalismo, do imperialismo ianque e, claro, também de FHC.
Eles nunca estão errados e não seria agora que admitiriam isso.
Economistas de esquerda e militantes em geral agora jogam a inacreditável conversa-mole de que a nota baixa decorre do “ajuste fiscal”.
Pois é! Eles têm a espantosa coragem de dizer isso. Alguém menos desavisado perguntaria: QUAL AJUSTE?
A queda resulta justamente de NÃO TER HAVIDO um ajuste e, por conta disso, o governo enviou ao Congresso – pela primeira vez na história democrática do Brasil – um orçamento deficitário. A previsão contábil para 2016 trazia prejuízo de TRINTA BILHÕES (justamente por não ter havido um ajuste adequado).
Desse modo, por óbvio, a agência de risco Standard & Poor’s tirou do país o selo de “bom pagador”. Foi isso que aconteceu, ora.
Quando algum esquerdista (seja por maluquice ou tentativa de ser esperto) jogar a culpa no tal “ajuste”, os fatos servem de resposta: foi exatamente a inexistência desse acerto fiscal o motivo de perdermos qualificação em tal agência de risco.
Simples assim. Patético assim. Como este governo que jogou no lixo 20 anos de estabilidade em nome de um projeto de poder e por isso merece ser demolido, expulso e punido.
12 de setembro de 2015
implicante
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