Para os integrantes da CPI da Petrobras, será da maior importância o depoimento do dono da empresa UTC, Ricardo Pessoa, que delatou ter repassado pelo menos R$ 62 milhões em dinheiro sujo para irrigar de maneira travestida de legalidade campanhas de 18 candidatos de seis partidos, incluindo legendas oposicionistas e da base de sustentação do governo.
O depoimento estava previsto para esta quarta-feira, mas adiado e só deve ocorrer na próxima semana.
A oposição torce para que Pessoa confirme o já que declarou na delação premiada: repasses de R$ 7,5 milhões para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e R$ 2,4 milhões, em 2006, para o ex-presidente Lula. No esquema exposto pelo empreiteiro, também são citados políticos do PSDB, PTB, PP, PMDB e PSB.
A oposição torce para que Pessoa confirme o já que declarou na delação premiada: repasses de R$ 7,5 milhões para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e R$ 2,4 milhões, em 2006, para o ex-presidente Lula. No esquema exposto pelo empreiteiro, também são citados políticos do PSDB, PTB, PP, PMDB e PSB.
Na semana passada, o empresário prestou depoimento na Justiça, mas não mencionou nomes de políticos detentores de foro privilegiado.
Na delação premiada, além do montante de propina que teria sido carimbado como doação legal pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o empreiteiro teria mencionado o repasse de R$ 3,6 milhões para o caixa 2 do PT.
Na delação premiada, além do montante de propina que teria sido carimbado como doação legal pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o empreiteiro teria mencionado o repasse de R$ 3,6 milhões para o caixa 2 do PT.
PROPINA E DOAÇÕES
A tese dos investigadores da Lava-Jato, embasada em depoimentos e transferências bancárias, é de que doações no “caixa 1” foram usadas para mascarar pagamentos de propina das empreiteiras do esquema.
Um pagamento de R$ 250 mil para a campanha do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, ao governo de São Paulo, em 2010, aparece na planilha.
Tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, teria recebido os recursos destinados à disputa eleitoral.
Um pagamento de R$ 250 mil para a campanha do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, ao governo de São Paulo, em 2010, aparece na planilha.
Tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, teria recebido os recursos destinados à disputa eleitoral.
Também receberam doações da UTC o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto (R$ 15 milhões); o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu (R$ 3,2 milhões); o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (R$ 2,6 milhões); e o secretário municipal de Saúde de São Paulo, José de Fillipi (R$ 750 mil).
Todos atestam a legalidade das doações e afirmam que os recursos recebidos foram aprovados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O senador Fernando Collor (PTB-AL), já denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), recebeu, no total, R$ 20 milhões, o maior montante de todos.
Todos atestam a legalidade das doações e afirmam que os recursos recebidos foram aprovados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O senador Fernando Collor (PTB-AL), já denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), recebeu, no total, R$ 20 milhões, o maior montante de todos.
12 de setembro de 2015
João Valadares
Correio Braziliense
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