S&P corta nota do Brasil e País perde o grau de investimento
A agência de risco Standard & Poor’s acaba de cortar a nota de risco do Brasil para ‘junk’(‘lixo’, numa tradução literal).
A decisão, já esperada há muito, significa que o Brasil perdeu o grau de investimento obtido em 30 de abril de 2008, no auge de um boom econômico que se transformou em implosão, e deve aprofundar a crise política e financeira, forçando empresários, políticos e o Planalto a agir.
Além de cortar a nota — o selo de qualidade que muitos investidores internacionais precisam para investir no Brasil — a S&P ainda disse que a perspectiva para o risco brasileiro é ‘negativa’. Em outras palavras: a nota ainda pode ser cortada em mais um degrau nos próximos meses.
A decisão mostra que até mesmo as agências de risco — até agora complacentes com os desvios de curso e retardatárias na avaliação do cenário — perderam a paciência com a incapacidade do País de corrigir uma trajetória fiscal preocupante e implementar reformas que possam ressuscitar o crescimento pelo menos a longo prazo.
Amanhã, a Bolsa, o dólar e os juros vão reagir ao an;uncio feito esta noite, quando os mercados já estavam fechados.
A nota do Brasil amanheceu o dia como BBB- e vai dormir BB+.
Na Bolsa de Nova York, em negociação fora do horário regular (e portanto com baixo volume), uma cesta de ações brasileiras, o EWZ, cai 4%; o ADR da Petrobras cai 5%.
9 de setembro de 2015
Geraldo Samor
A agência de risco Standard & Poor’s acaba de cortar a nota de risco do Brasil para ‘junk’(‘lixo’, numa tradução literal).
A decisão, já esperada há muito, significa que o Brasil perdeu o grau de investimento obtido em 30 de abril de 2008, no auge de um boom econômico que se transformou em implosão, e deve aprofundar a crise política e financeira, forçando empresários, políticos e o Planalto a agir.
Além de cortar a nota — o selo de qualidade que muitos investidores internacionais precisam para investir no Brasil — a S&P ainda disse que a perspectiva para o risco brasileiro é ‘negativa’. Em outras palavras: a nota ainda pode ser cortada em mais um degrau nos próximos meses.
A decisão mostra que até mesmo as agências de risco — até agora complacentes com os desvios de curso e retardatárias na avaliação do cenário — perderam a paciência com a incapacidade do País de corrigir uma trajetória fiscal preocupante e implementar reformas que possam ressuscitar o crescimento pelo menos a longo prazo.
Amanhã, a Bolsa, o dólar e os juros vão reagir ao an;uncio feito esta noite, quando os mercados já estavam fechados.
A nota do Brasil amanheceu o dia como BBB- e vai dormir BB+.
Na Bolsa de Nova York, em negociação fora do horário regular (e portanto com baixo volume), uma cesta de ações brasileiras, o EWZ, cai 4%; o ADR da Petrobras cai 5%.
9 de setembro de 2015
Geraldo Samor
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