Enquanto o governo de Dilma Rousseff demonstra não ter outra preocupação além de evitar a abertura de um processo de impeachment no Congresso Nacional, os brasileiros assistem ao definhamento de nossa economia e veem importantes conquistas obtidas pelo Plano Real nas últimas duas décadas serem ameaçadas pelo lulopetismo.
A desvalorização da moeda em relação ao dólar, que atingiu sua maior cotação desde a criação do Real, não é um problema restrito apenas aos investidores ou à Bolsa de Valores, mas afeta toda a economia. Produtos agrícolas e o tradicional pãozinho, para citarmos somente alguns exemplos, também sofrem aumento com a flutuação do dólar.
A inflação, derrotada com muito esforço pelos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, foi ressuscitada pela incompetência dos tempos de Lula e Dilma. No acumulado dos últimos 12 meses, segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) atingiu 9,57%, o mais alto desde dezembro de 2003. De acordo com o último boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, a estimativa é de que o IPCA se aproxime dos dois dígitos ao final de 2015, alcançando nada menos que 9,34% - o que seria o maior índice em 12 anos.
O desmantelo sem fim que marca os governos do PT afeta ainda o Índice de Confiança da Indústria, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas. Em setembro, a expectativa dos industriais caiu 20,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, configurando o pior resultado em 20 anos. Outro dado estarrecedor envolve a Petrobras, já tão corroída pela corrupção desbragada sob o comando do PT: o endividamento total da companhia subiu 31% em 2014 e atingiu R$ 351 bilhões, um recorde absoluto no setor de petróleo em todo o mundo.
O tardio ajuste fiscal proposto pelo atual governo não será aprovado pelo Congresso porque se baseia em aumento da carga tributária, o que é rechaçado pela população. A sociedade não aceita mais pagar a conta pela irresponsabilidade de Lula, Dilma e do PT na condução da política econômica. O Executivo promete fazer cortes insignificantes na máquina do Estado, que continua inchada e ineficiente, e quer jogar sobre os ombros dos brasileiros o peso de mais impostos. Neste momento, há uma necessidade absoluta de formarmos um novo governo e interrompermos, dentro dos marcos constitucionais e seguindo o rito democrático, o desastroso período do PT à frente do país.
Imobilizada por sua própria inaptidão para o cargo que ocupa, Dilma já não governa e se vê cada vez mais acuada, refém de sua frágil base parlamentar, loteando ministérios em troca de apoio para não perder o mandato. Sem autoridade política ou moral junto à população, a presidente da República é hoje o maior entrave para que o país supere a crise. Mantê-la no Palácio do Planalto, como se constata por onde quer que se olhe, vem custando caro ao país, e a fatura é paga na forma de desemprego, inflação, corrupção, desesperança. O processo constitucional do impeachment, que conta com amplo apoio da cidadania, se impõe mais do que nunca. O Brasil tem pressa e não pode mais esperar.
24 de setembro de 2015
Roberto Freire é deputado federal por São Paulo e presidente nacional do PPS
A desvalorização da moeda em relação ao dólar, que atingiu sua maior cotação desde a criação do Real, não é um problema restrito apenas aos investidores ou à Bolsa de Valores, mas afeta toda a economia. Produtos agrícolas e o tradicional pãozinho, para citarmos somente alguns exemplos, também sofrem aumento com a flutuação do dólar.
A inflação, derrotada com muito esforço pelos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, foi ressuscitada pela incompetência dos tempos de Lula e Dilma. No acumulado dos últimos 12 meses, segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) atingiu 9,57%, o mais alto desde dezembro de 2003. De acordo com o último boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, a estimativa é de que o IPCA se aproxime dos dois dígitos ao final de 2015, alcançando nada menos que 9,34% - o que seria o maior índice em 12 anos.
O desmantelo sem fim que marca os governos do PT afeta ainda o Índice de Confiança da Indústria, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas. Em setembro, a expectativa dos industriais caiu 20,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, configurando o pior resultado em 20 anos. Outro dado estarrecedor envolve a Petrobras, já tão corroída pela corrupção desbragada sob o comando do PT: o endividamento total da companhia subiu 31% em 2014 e atingiu R$ 351 bilhões, um recorde absoluto no setor de petróleo em todo o mundo.
O tardio ajuste fiscal proposto pelo atual governo não será aprovado pelo Congresso porque se baseia em aumento da carga tributária, o que é rechaçado pela população. A sociedade não aceita mais pagar a conta pela irresponsabilidade de Lula, Dilma e do PT na condução da política econômica. O Executivo promete fazer cortes insignificantes na máquina do Estado, que continua inchada e ineficiente, e quer jogar sobre os ombros dos brasileiros o peso de mais impostos. Neste momento, há uma necessidade absoluta de formarmos um novo governo e interrompermos, dentro dos marcos constitucionais e seguindo o rito democrático, o desastroso período do PT à frente do país.
Imobilizada por sua própria inaptidão para o cargo que ocupa, Dilma já não governa e se vê cada vez mais acuada, refém de sua frágil base parlamentar, loteando ministérios em troca de apoio para não perder o mandato. Sem autoridade política ou moral junto à população, a presidente da República é hoje o maior entrave para que o país supere a crise. Mantê-la no Palácio do Planalto, como se constata por onde quer que se olhe, vem custando caro ao país, e a fatura é paga na forma de desemprego, inflação, corrupção, desesperança. O processo constitucional do impeachment, que conta com amplo apoio da cidadania, se impõe mais do que nunca. O Brasil tem pressa e não pode mais esperar.
24 de setembro de 2015
Roberto Freire é deputado federal por São Paulo e presidente nacional do PPS
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