Foi-se o tempo da sutileza, da delicadeza, da preocupação com o detalhe e a aparência. A coisa parece que ficou menos discreta, digamos assim. Em reportagem de Andreza Matais, o Estadão revela algo no mínimo assustador. Segue trecho:
“UTC Engenharia conseguiu vencer licitações na BR Distribuidora mesmo apresentando proposta de preço até 795% maior do que o estimado pela subsidiária de distribuição da Petrobrás em alguns itens das obras. Relatório de auditoria da empresa, instaurada após a Operação Lava Jato encontrar irregularidades em quatro licitações vencidas pela empreiteira, identificou que em todos os casos a BR pagou a mais ou ajustou o preço estimado para atender à empreiteira – a UTC já confessou ter pago propina de R$ 20 milhões em troca dos contratos.”
Licitação é exatamente uma tomada de preços para que o poder público contrate o mais barato – ou, em alguns casos, o valor seja ponderado diante da capacidade técnica. Mas o que se vê é algo bizarro, não apenas pequena discrepância e sim 795% a mais. É muita cara-de-pau.
26 de agosto de 2015
implicante
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