"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

OPEAÇÃO PIXULECO II

Gleisi Hoffmann confirma tradição de José Dirceu, Antônio Palocci e Erenice Guerra na Casa Civil.


 

(O Globo) Documentos apreendidos pela Polícia Federal (PF) em escritório de advogado da senadora Gleisi Hofmann (PT-PR) indicam que dinheiro desviado do Ministério do Planejamento pagou motorista da petista. Por conta do foro privilegiado, o juiz federal Sérgio Moro suspendeu as investigações da 18ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de “Pixuleco II”, e encaminhou o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A “Pixuleco II” revelou um esquema de pagamento de propina dentro do Ministério do Planejamento, que já foi comandado pelo marido da senadora, Paulo Bernardo (PT). Segundo os investigadores, mais de R$ 40 milhões foram desviados de um contrato para fornecimento de crédito consignado a servidores federais. O esquema teria sido operado por pessoas ligadas ao PT, entre elas o ex-vereador petista Alexandre Romano, preso durante a operação. O contrato foi assinado pela empresa Consist durante a gestão de Paulo Bernardo, em 2010.

Para Moro, a indícios de que “parte expressiva da remuneração da Consist foi repassada, por solicitação de Alexandre Romano, ao advogado Guilherme Gonçalves, em Curitiba, que, por sua vez, utilizou esses mesmos recursos para pagamentos associados à senadora Gleisi Hoffmann“.

De acordo com a PF, parte dos recursos desviados eram pagos ao escritório de advocacia de Guilherme Gonçalves, que prestou serviço para a campanha de Gleise nas últimas eleições. Documentos apreendidos pela PF “indicam que os valores recebidos da Consist teriam sido em parte utilizados para efetuar pagamentos em favor da Senadora Gleisi Hoffmann”.

Uma das planilhas apreendidas no escritório comprovaria a operação. O documento, de fevereiro de 2015, revela que o "Fundo Consist" — denominação usada para identificar o pagamento de valores ilícitos — apresentava um crédito de R$ 50.078,00, em favor da senadora e de pessoas. Em um dos lançamentos de débito consta a anotação "salário motorista - cheque 828", enquanto no outro, "Diversos PT, PB, Gleisi".

Segundo a PF, o motorista da petista, Hernany Mascarenhas, foi pago com dinheiro desviado do Ministério do Planejamento. Em outro documento apreendido, consta anotação do pagamento de R$ 50 mil em honorários pela Consist ao escritório do advogado em 29 de setembro de 2011. O pagamento teria sido acertado com o ex-ministro Paulo Bernardo, “que ficaria com todo o montante”, segundo a PF.

Ao justificar o encaminhamento do processo ao Supremo, Moro justificou dizendo que “os fatos foram descobertos em desdobramento natural das investigações” e que para eventual continuidade das investigações na Justiça do Paraná terá que ter a autorização da Corte.

26 de agosto de 2015
in coroneLeaks

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