Existem duas pessoas extremamente preocupadas com o desenlace da Operação Lava Jato, conduzida pelo juiz federal Sérgio Moro, autoridade que não tem deixado brecha para contestação indevida ou alegações de irregularidade.
Essas pessoas são FHC, conhecido carinhosamente como Boca de Tuba, e Lula da Silva, o inefável Lularápio! A revista Veja tem denunciado, sempre bem fundamentada, o inexplicável crescimento do patrimônio da família Lularápio. As provas são irrespondíveis.
Apesar de acusado de não ter memória, o povo brasileiro ainda se lembra da saída de Lularápio da Presidência da República, quando retirou até mesmo o crucifixo que ornava a parede do seu gabinete. Levou 11 caminhões cheios de objetos pertencentes ao patrimônio nacional. Somente isso seria suficiente para lançar na fuça do alcoólatra o epíteto de assaltante dos cofres públicos. Mas aqui sempre falta mais.
Achando que tudo lhe pertencia, Lula da Silva encostou dois caminhões frigoríficos na porta do Palácio da Alvorada e saqueou a adega presidencial, levando vinho, champagne, whisky, destilados e todo tipo de bebida que se conseguisse enxergar pela frente. Foi apropriação indébita imoral, vergonhosa!
Com relação a FHC, os livros em circulação no mercado contam com detalhes como as estatais foram vendidas, a troco de banana, sempre rendendo comissões aos borbotões. Os chamados tucanos justificam a venda como “modernização” do país, mas não é disso que se trata: trata-se de desvios! Da forma como foi feita a entrega do patrimônio público.
Mesmo os que não se interessam pelo agigantamento do Estado, e combatem a sua ineficiência secular (entregue a quadrilhas que o aparelham e o mantêm numa estrutura patrimonialista), sabem que a privatização monitorada pela tucanalha foi das mais ruinosas. Ameaças de processos (da mesma forma que as agora efetuadas pelos petistas) foram produzidas às pencas contra os autores das denúncias, mas os dados levantados são fartamente documentados e fica difícil negar.
A forma como é composto o STF exibe, sem nenhum retoque, o aparelhamento puro e simples.
Desde a saída de Joaquim Barbosa, o STF vem dando clara guinada no favorecimento da impunidade com decisões inexplicáveis que causam enorme frustração social. A população que paga impostos, que trabalha dia e noite para ser esfolada por tributos, não consegue entender as razões que levam a nossa Suprema Corte a facilitar a vida de criminosos perversos que arruínam deliberadamente o país.
A desconfiança começou com a indicação do então advogado do PT, Dias Toffoli (decisão de Lularápio), que havia sido reprovado em dois concursos para juiz de primeira instância, para substituir Carlos Alberto Menezes Direito.
Depois, veio Luís Roberto Barroso que afirmou, na sabatina a que foi submetido no Senado, que “o julgamento do mensalão foi um ponto fora da curva”, dando a entender que as penas haviam sido duras demais.
Com Barroso, o STF tratou de dar início a uma mudança de ritmo visivelmente anunciada, a partir do instante em que Joaquim Barbosa jogou a toalha ao perceber que seria massacrado com a nova composição que se desenhava (devido às aposentadorias compulsórias de Cézar Peluso e Ayres Britto).
Depois, surgiu o petrolão que assombrou a todos e o abafa só não aconteceu por conta de dois fatores: a presença do juiz Sérgio Moro e a crise econômica capaz de desmontar qualquer conchavo que se pretenda.
Mas as nossas autoridades não aprendem nunca, e vão sempre empurrando o desfecho com a barriga e esticando a corda no extremo limite. O risco é se criarem condições para transformar a frustração de todos num sentimento de ódio profundo.
Márcio Accioly é Jornalista.
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