"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

A INCRÍVEL HISTÓRIA DA BANCA DE JORNAL QUE VIROU GRÁFICA E RECEBEU R$ 16 MILHÕES DA CAMPANHA DE DILMA


Gráfica-fantasma
Este é o local onde deveria funcionar a gráfica VTPB (fotografia tirada pelo Antagonista Mario Sabino nesta segunda, 27/04)
Antagonista levantou:
Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014, repassou mais de R$ 16 milhões a uma gráfica fantasma de Beckembauer Rivelino de Alencar e Muller de Alencar, irmãos do jornalista governista Kennedy Alencar.
A apuração é do site O Antagonista, em excelente trabalho investigativo movido pela denúncia da Operação Lava Jato contra a Gráfica Atitude, usada pelo tesoureiro do PT João Vaccari Neto para lavar dinheiro do Petrolão.
Ao checar as despesas com gráficas da campanha eleitoral de Dilma Rousseff através dos dados apresentados ao TSE pelo PT, chamou a atenção a quantia exorbitante de 16.677.616 reais recebida pela gráfica VTPB Ltda.
(…)
O Antagonista verificou então o histórico da gráfica VTPB na Junta Comercial de São Paulo.
“Ela foi aberta em 21 de julho de 2008, com sede na Avenida Ipiranga, 1071, conjunto 206, no centro de São Paulo. O objeto social era ‘Comércio varejista de jornais e revistas. Agenciamento de espaços para publicidade, exceto em veículos de comunicação.’ O nome popular para isso é banca de jornais.
Os titulares da empresa eram Beckembauer Rivelino de Alencar Braga (domiciliado em Campo Belo, Minas Gerais), e Muller de Alencar Castro Braga (domiciliado em São Paulo, Capital, na rua Dona Ana Barros, 320, Bloco A, apto. 73, Jardim Sônia).”
Repito: ambos os titulares – Muller e Beckembauer – são irmãos de Kennedy Alencar.
“O capital de 50.000 reais era dividido meio a meio.
“Em 4 de junho de 2009, Muller retira-se da sociedade e entra no seu lugar Wilker Correa Almeida – que, atenção, fornece o mesmíssimo endereço de domicílio de Muller.
Em 9 de novembro de 2011, houve uma redistribuição de capital. Beckembauer passa a contar com 49.500 reais. Ou seja, torna-se praticamente o único dono da VTPB.”
Agora é que vem a jogada:
Pouco antes do início da segunda campanha de Dilma Rousseff, em 25 de julho de 2014, houve uma alteração da atividade econômica da empresa. No objeto social, a VTPB passou a incluir ‘Sede para impressão de material para uso publicitário, edição integrada à impressão de cadastros, listas e outros produtos gráficos.’ O nome popular disso é material de campanha eleitoral. A sede é mudada para a rua Atílio Piffer, 29, Casa Verde, São Paulo. Endereço, por assim dizer, mais adequado para uma gráfica do que a Avenida Ipiranga.”
Ou seja: o objeto social da VTPB foi mudado no período eleitoral, a fim de poder emitir notas fiscais de serviços de impressão de folhetos e afins.
“No dia 14 de agosto de 2014, apenas 19 dias depois da alteração do objeto social, a VTPB emitiu a primeira nota para a campanha de Dilma Rousseff, no valor de 148.000 reais. Só naquele mês, foram emitidas mais oito. No total, foram 2.104.931 reais.”
(…)
(via Felipe Moura Brasil – grifos nossos)
…e o Coronel cortou:
O nosso blog vai acrescentar, neste post, informações muito relevantes que indicam que coisas muito estranhas cercam esta transação. Os dados deste post foram retirados de documento oficial postado no TSE e fornecidos pelo atual ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha presidencial de Dilma Rousseff.
São materiais de prestação de contas da campanha eleitoral presidencial de Dilma Rousseff.
O que segue, em imagens, é um exemplo de um dos processos de compra, pagamento, entrega, recebimento e cópia do material impresso que foi produzido pela gráfica VTPB, conforme informações fornecidas ao Tribunal Superior Eleitoral, pela sua campanha. Há dezenas deles que repetem a mesma “comprovação”.
Acompanhem com atenção. São documentos oficiais.
IMAGEM 1
Esta imagem acima mostra que a VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda – EPP  está devidamente cadastrada, com situação regular junto à Receita Federal.
IMAGENS 2 E 3
Os documentos acima comprovam que o tesoureiro do PT, atual ministro Edinho Silva, efetuou diretamente a transação bancária que pagou pelos serviços da gráfica. Isto pode ser visto ao pé da página da imagem da TED. Fica comprovado, assim, que campanha presidencial Dilma Rousseff pagou, efetivamente, neste caso, neste processo, R$ 667.812,90 para a gráfica VTPB. Relembramos! Esta é apenas uma de dezenas de transações comprovadas da mesma forma. O total ultrapassa os R$ 16 milhões!
IMAGEM 4
Esta imagem é importantíssima. Observem os detalhes. Trata-se da Nota Fiscal da gráfica VTPB, informando o valor de R$ 667.812,50, cobrados por um total de 10 milhões 685 mil impressos, denominados “Santinho Dilma Modelo Card”.Observem o endereço de entrega: Avenida Copacabana, 1205, Apto 503, Tristeza, Porto Alegre, RS.  Até aí, tudo bem, não e mesmo? Tudo certinho, regular, fechadinho. A gráfica imprimiu e entregou, lá no Rio Grande do Sul, em endereço existente.
IMAGEM 5
Observem a imagem acima. O recebimento do material foi dado em São Paulo, mesmo que a entrega tenha sido feita em Porto Alegre. É apenas um detalhe. Mas é um detalhe. O mais importante está abaixo, nas imagens seguintes.
IMAGEM 6
Lembram que o material impresso foi entregue em Porto Alegre e o recebimento foi dado em São Paulo? A imagem acima mostra o modelo de “santinho” que foi enviado para o Rio Grande do Sul. É “santinho” da campanha de Fernando Pimentel, candidato petista em Minas Gerais. A campanha presidencial de Dilma Rousseff enviou os “santinhos” mineiros para Porto Alegre. Isso que é logística!
IMAGEM 7
Agora voltemos ao endereço de entrega. Olhem bem este endereço. Ele é a prova contundente de que existe algo de muito estranho no ar. Que endereço será este? Um diretório? Um comitê de campanha? Uma central de logística? Que apartamento é este, no quinto andar, que recebeu milhões e milhões de santinhos das campanhas petistas de todos os estados, mas que fica no Rio Grande do Sul? Revelamos abaixo.
IMAGEM 8
O apartamento onde foram entregues dezenas de milhões de “santinhos” para os candidatos do PT de todo o Brasil pertence à candidata Dilma Rousseff, conforme Declaração de Bens que apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral no registro da sua candidatura. 
 
Temos, assim, uma gráfica que não existe no endereço informado.
Temos materiais de campanhas de todo o Brasil entregues por esta gráfica num único endereço, localizado no extremo Sul do país.
O local da entrega de dezenas de milhões de impressos é um apartamento de propriedade da Presidente da República, então candidata à reeleição.
Este blog não sabe se isto é legal ou ilegal.
Mas que é muito estranho, ah isso é!
 
Todo o material postado aqui está disponível neste link do Tribunal Superior Eleitoral.

29 de abril de 2015
implicante 

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