"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 7 de março de 2015

DILMA DESPENCA, FHC DEIXA CAIR E CUNHA JÁ ADMITE PROCESSO IMPEACHMENT; SÓ DEPENDE DO POVO NAS RUAS.

Dilma segue ladeira abaixo. O Palácio do Planalto sabe.

Tem recebido pesquisas com patamares de impopularidade inéditos, segundo a coluna Radar, muito piores do que a presidente obteve após as manifestações de 2013.
A do Vox Populi em Minas Gerais, onde ela venceu a eleição, mostra que 62% dos mineiros consideram seu governo “ruim” ou “péssimo”. Depois do ato de 15 de março, a tendência é que o Ibope consolide o desmoronamento.
Ninguém quer carregar o caixão de Dilma.
Neste sábado, no entanto, a Folha causou frisson na internet ao noticiar que FHC tem admitido a aliados a hipótese de uma aproximação com a presidente, na tentativa de ajudar a achar uma saída para as crises política e econômica.
Rapidamente, FHC desmentiu a matéria em nota:
“O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Este quer antes de mais nada que se passe a limpo o caso do Petrolão: quer ver responsabilidades definidas e contas prestadas à Justiça. Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo. Cabe sim que as forças sociais, econômicas e políticas se organizem e dialoguem sobre como corrigir os desmandos do lulo-petismo que levaram o país à crise moral e a economia à recessão”.
Muito bem. O PSDB não pode salvar o PT. Dilma despenca, FHC deixa cair.
Para quem se recusou a pedir o impeachment de Lula em 2005, no auge do mensalão, já é muita coisa. Mas seria bom se FHC contribuísse ativamente para a queda.
Dias atrás, Eduardo Cunha afirmou a mais de um interlocutor, segundo o Radar, ser impossível segurar o processo de impeachment (veja aqui a base legal) caso a possibilidade ganhe força a partir dos protestos de 15 de março.
Quando Cunha tomou posse, escrevi aqui: “Hoje, até mesmo para proteger o seu partido, também envolvido no escândalo de corrupção da Petrobras, Cunha diz que ‘não há a menor possibilidade’. Se irá engavetar ou não o pedido quando aumentar o volume de acusações, e o PMDB tiver eventualmente conseguido jogar nas costas do PT as maiores responsabilidades, não se sabe ao certo.”
Hoje, o volume de acusações aumentou; e o PMDB está tentando jogar nas costas do PT as maiores responsabilidades.
O governo achou que a inclusão de Cunha e Renan Calheiros na lista de parlamentares investigados pelo petrolão forçaria os peemedebistas a se reaproximar dos petistas – e ainda há, no Planalto, quem aposte nisso. Mas boa parte do PMDB aposta no efeito inverso e as reações dos presidentes da Câmara e do Senado deixaram isso claro.
“O governo quer um sócio na lama. Só entrei para poderem colocar o Anastasia”, disse Cunha à Folha, aludindo à citação de seu nome no inquérito contra o senador tucano Antonio Anastasia (MG), sucessor de Aécio Neves no governo mineiro.
Já Renan está em plena ofensiva contra o governo do PT, deflagrada na devolução da medida provisória que aumentaria a carga sobre a folha de pagamento.
Para o Brasil, tanto melhor que a lista aprofunde ainda mais a divisão entre PMDB e PT; e que o recado enviesado de Cunha aos petistas sobre o processo de impeachment seja mesmo verdade. A julgar por suas palavras, só depende do povo nas ruas.
Quem não se aproximar dele é marido da Dilma.

                                         PRONATEC À VISTA  

  



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