Por causa do folclore político, são muitas as versões de como a Polícia Federal teria chegado à maior roubalheira da história do Brasil, cujos números fazem da Mega da Virada uma esmola para os trouxas que investiram o FGTS em ações da Petrobras. Numa delas, conta-se que o doleiro Alberto Youssef teria combinado com o falecido deputado José Janene uma estratégia para distribuir entre apadrinhados do governo os recursos não contabilizados da Petrobras: “Vamos fazer o câmbio baseado em santinhos: mil reais, mil santinhos! Quando o companheiro precisar, digamos, de R$ 10 mil para pagar os cabos eleitorais, basta telefonar pedindo 10 mil santinhos, com a segurança de não levantar nenhuma suspeita”.
A estratégia deu certo. Ligava o assessor do candidato de São Paulo: “Estou precisando de 30 mil santinhos!” “Pois não! Por favor, só precisamos do seu endereço. A encomenda será remetida hoje mesmo!”
Com todos os beneficiados já cadastrados, a artimanha funcionou. A Polícia Federal, mesmo na escuta telefônica da central de distribuição de propinas da Petrobras, não tinha como saber que o câmbio estava calçado na farta distribuição de santinhos.
A casa caiu – ou caiu a organização criminosa – quando um deputado de Minas Gerais teria ligado para o falecido José Janene, o distribuidor-mor da República: “De quanto o nobre deputado está precisando para sustentar a campanha?” “Tô necessitado de 200 mil santinhos!” “Não é muito coisa, deputado?” “Uai, a minha base eleitoral é assim mesmo, grande demais da conta!” “Sinto muito, mas a gráfica não tem condições de entregar tudo isso agora. Pra amanhã, só podemos entregar até 50 mil santinhos.” “Então manda tudo o que tiver na mão, sô!” “Vamos remeter 50 mil santinhos num pacote. Por favor, o seu endereço aí em Minas?”
Fez-se um breve silêncio, antes da resposta: “Não precisa endereço, uai! Pode depositar tudo na minha conta do banco!”
E o mineirinho começou a cantar os números da conta corrente, em vão: Janene desligou o telefone no ato.
No leva e traz dos santinhos da Petrobras, conta-se que o ministro da base aliada se encontrou com o deputado derrotado no velório de José Janene. Com os dois lado a lado do caixão, o ex-deputado cobrou do ministro: “Lembra que o senhor me prometeu 300 mil santinhos?” Surpreso, o ministro arrastou o deputado para o cafezinho: “Companheiro, a remessa de santinhos foi despachada!” “Não recebemos!” “Desculpe, deputado: 300 mil santinhos é muita coisa. Não fica perdido na transportadora!” “Ministro, por qual empresa os santinhos foram enviados?”
Depois de um olhar para os lados, conferindo se não estava sendo filmado ou fotografado, o ministro apontou o dedo indicador para o defunto. Os dois se benzeram e a conversa acabou aí.
Terminou em termos – deve continuar perante o juiz.
A estratégia deu certo. Ligava o assessor do candidato de São Paulo: “Estou precisando de 30 mil santinhos!” “Pois não! Por favor, só precisamos do seu endereço. A encomenda será remetida hoje mesmo!”
Com todos os beneficiados já cadastrados, a artimanha funcionou. A Polícia Federal, mesmo na escuta telefônica da central de distribuição de propinas da Petrobras, não tinha como saber que o câmbio estava calçado na farta distribuição de santinhos.
A casa caiu – ou caiu a organização criminosa – quando um deputado de Minas Gerais teria ligado para o falecido José Janene, o distribuidor-mor da República: “De quanto o nobre deputado está precisando para sustentar a campanha?” “Tô necessitado de 200 mil santinhos!” “Não é muito coisa, deputado?” “Uai, a minha base eleitoral é assim mesmo, grande demais da conta!” “Sinto muito, mas a gráfica não tem condições de entregar tudo isso agora. Pra amanhã, só podemos entregar até 50 mil santinhos.” “Então manda tudo o que tiver na mão, sô!” “Vamos remeter 50 mil santinhos num pacote. Por favor, o seu endereço aí em Minas?”
Fez-se um breve silêncio, antes da resposta: “Não precisa endereço, uai! Pode depositar tudo na minha conta do banco!”
E o mineirinho começou a cantar os números da conta corrente, em vão: Janene desligou o telefone no ato.
No leva e traz dos santinhos da Petrobras, conta-se que o ministro da base aliada se encontrou com o deputado derrotado no velório de José Janene. Com os dois lado a lado do caixão, o ex-deputado cobrou do ministro: “Lembra que o senhor me prometeu 300 mil santinhos?” Surpreso, o ministro arrastou o deputado para o cafezinho: “Companheiro, a remessa de santinhos foi despachada!” “Não recebemos!” “Desculpe, deputado: 300 mil santinhos é muita coisa. Não fica perdido na transportadora!” “Ministro, por qual empresa os santinhos foram enviados?”
Depois de um olhar para os lados, conferindo se não estava sendo filmado ou fotografado, o ministro apontou o dedo indicador para o defunto. Os dois se benzeram e a conversa acabou aí.
Terminou em termos – deve continuar perante o juiz.
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