"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O DISCURSO MENTIROSO DO PARTIDO DO PETROLÃO

O discurso mentiroso do PT, o partido que criou e mantém o Petrolão, mas que fala como se o maior esquema de corrupção do país não tivesse sido criado por ele
Rui Falcão com Dilma e Lula: "o PT não é uma organização de santos". Sim, é uma organização de muitos bandidos!

É de um cinismo sem precedentes a entrevista concedida pelo presidente do PT, Rui Falcão, ao jornal Valor Econômico de hoje. A começar pela seguinte declaração: "nós nunca dissemos que éramos uma organização de santos". Nem precisava dizer. O país inteiro, depois do Mensalão, sabe que o PT é uma "organização criminosa", segundo definiu a procuradoria geral da República. E uma "organização criminosa" que continuou atuando, criando o Petrolão, um esquema de roubo sem precedentes que está quebrando a Petrobras. 

Nas mãos mafiosas do PT,  a empresa perdeu mais de R$ 600 bilhões do seu valor. Vale pouco mais de R$ 100 bilhões. E deve mais de R$ 300 bilhões. Está quebrada. Desacreditada. Roubada, novamente, pelas maiores lideranças políticas desta "organização criminosa", conforme divulgado hoje pelo jornal Estado de São Paulo.

Leiam a declaração que Rui Falcão deu ao Valor sobre a roubalheira na Petrobras:

Eu acho (que a crise da Petrobras está se estendendo muito). Eu estou preocupado com esse patrimônio que representa 13% do PIB brasileiro e que foi vitima de um processo de corrupção que se arrasta por décadas, que tem contribuído para todo tipo de especulações, com outros interesses. Todos nós estamos de acordo. O PT soltou uma nota pedindo apuração até as últimas consequências, punição aos corruptos e corruptores, mas pedindo para preservar a empresa. A Petrobras propiciou o renascimento da indústria naval, que de 5 mil empregos tem mais de 100 mil empregados hoje, tem uma política de conteúdo nacional que cria uma reação em cadeia inclusive para o desenvolvimento industrial do país. Mas a empresa está em risco por causa da especulação, porque há interesses de acabar com o regime de partilha, a exclusividade da Petrobras e com a política de conteúdo nacional. No paralelo, se você torna inidôneas todas as grandes empresas que são fornecedoras ou prestadoras de serviço da Petrobras, não terá outro caminho a não ser trazer grandes empresas do exterior pra cá. Trazer as sete irmãs pra cá para dividir as concessões.

Esta declaração contém tanta esperteza e tanta mentira que choca qualquer brasileiro honesto. Primeiro, a tentativa de dizer que o Petrolão não é uma criação do PT. É a velha tática de culpar a oposição dos crimes lesa pátria que o petismo comete e cometeu.

Dizer que o PT quer investigação depois de ontem, quando os petistas Humberto Costa e Gleisi Hoffmann, juntamente com os peemedebistas Renan Calheiros e Romero Jucá, reuniram-se a portas fechadas para combinar o resultado de uma CPI mista no Senado, que aprovou um relatório onde não culpa nenhum político? É muita falta de vergonha na cara! É um acinte!

Renascimento da indústria naval? Ora, estes navios e plataformas produzidas no Brasil causaram tremendos prejuízos ao país, seja por custarem o dobro, seja por gerarem um propinoduto sem precedentes, como é o caso P-57, amplamente denunciado na Operação Lava-Jato, que fez com o que o MPF indiciasse, no Rio de Janeiro, o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli. Esta "indústria naval" está parada, demitindo milhares de empregados porque a Petrobras não paga as contas e porque os seus donos estão na cadeia.

É nauseante ver o presidente do PT tentando faturar em cima do nacionalismo, quando o seu partido roubou desavergonhadamente esta empresa que era o maior patrimônio nacional até que o seu partido colocou as mãos criminosas em cima dela. O regime de partilha nada mais é do que a perpetuação do propinoduto em toda a exploração do pré-sal. Se a Petrobras participa da exploração, o PT e seus aliados podem continuar metendo a mão nas compras, na definição dos preços do óleo, na manipulação das licitações, como a Operação Lava Jato está comprovando a cada dia, em novas descobertas e novas denúncias.

A empresa  não está em risco por causa da especulação, conforme declara o cínico Rui Falcão. Ela está quebrando porque o seu partido, o PT, segundo a delação premiada de vários envolvidos, montou um imenso esquema de corrupção dentro da estatal. Há nomes. Há documentos. Há testemunhas. Há montanhas de provas. Há centenas de milhões comprovadamente roubados para manter o projeto petista de poder. E para enriquecer seus próceres. O tesoureiro do PT será novamente indiciado. Será condenado. Será mais um tesoureiro do PT a ir para o fundo de uma penitenciária. 

Mas o que mais choca é a defesa que Rui Falcão faz dos corruptores. Das empreiteiras que pagaram as campanhas e a compra da base aliada no Congresso. E o faz porque enxerga neles apenas os doadores do seu partido. Os seus financiadores. Os fornecedores dos meios financeiros para que a "organização criminosa" chamada PT continue existindo, quando o certo seria que fosse fechada e colocada fora da lei, de uma vez por todas. Qual o problema de empresas multinacionais trazerem decência aos negócios da Petrobras, se o BNDES cria multinacionais para atuar em outros países, à custa de falta de capital para investir no Brasil? Ou o PT também montou algum propinoduto ainda desconhecido nestas obras internacionais?

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