Não há mais espaço orçamentário para o governo da gerentona promover “programa anticíclico”, expandindo os gastos públicos, em abandono à política de austeridade fiscal.
Não há mais recursos. O rombo o ano passado no Orçamento da Seguridade Social, por exemplo, foi de R$ 90,1 bilhões. Em 2014, até a metade do ano, isto é, junho, o déficit já estava em R$ 50 bilhões. Quer dizer que tem tudo para ultrapassar os R$ 100 bilhões até o fim do ano.
Dilma e sua equipe relaxaram tanto na política fiscal, para manter os seus 39 ministérios de Ali Babá, que não conseguirão qualquer superávit primário.
O rombo será assustador no fechamento do ano. Sob estas circunstâncias, quem continuará aceitando os papéis da dívida pública deste governo perdulário?!
COMPAREM AS SUBCONTAS
Observem o rombo já em 2013 de R$ 90,1 bilhões e comparem com as subcontas do Seguro Desemprego e do programa do Bolsa Família.
– Seguro Desemprego:………..R$ 46,6 bilhões
– Bolsa Família:…………………..R$ 24,0 bilhões
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–Total…………………………….……R$70,6 bilhões
Ou seja, do rombo de R$ 90,1 bilhões do ano passado, R$ 70,6 bilhões (78,35%) eram relativos a estas duas contas.
Vejam, também, o montante gasto com os benefícios assistenciais, como a Lei Orgânica da Assistência Social e a Remuneração Mensal Vitalícia, que soma R$ 34,3 bilhões!
MENOS MINISTÉRIOS
Para obter recursos e continuar saldando os gastos com tais contas, o governo tem de enxugar o número de ministérios, que hoje é um absurdo – 39 pastas.
Precisa retomar, imediatamente, a austeridade em sua política fiscal, enxugando os gastos correntes da máquina pública administrativa federal. Se não fizer isso, não terá mais como retirar recursos do orçamento fiscal para honrar o orçamento da Seguridade Social.
O pior é que quase a metade dos recursos utilizados no orçamento da União (42,4%) é derivada dos papéis do governo.
Ou seja, da dívida pública.
Portanto, é o governo mais irresponsável dos últimos tempos. Capaz de jogar pela latrina abaixo todo o esforço de equilíbrio e retomada do crescimento implementado por Itamar e FHC.
10 de novembro de 2014
Wagner Pires
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