"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

TRANSPETRO E ANDRADE GUTIERREZ SÃO AS PRÓXIMAS VÍTIMAS





O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu ao juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, para tomar o depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em duas investigações que há quatro anos apuram irregularidades na estatal.

Na primeira, apura-se se o presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado, teve evolução patrimonial incompatível com os rendimentos. Na segunda, se houve superfaturamento em obras do Centro de Pesquisas da petroleira (Cenpes) tocadas pela construtora Andrade Gutierrez ao custo de R$ 154 milhões. No total, o projeto, tocado também por outras empreiteiras, teve o custo elevado de R$ 1 bilhão para R$ 2,5 bilhões.

A promotora Gláucia Santana pediu que o juiz Moro a autorize ir à casa de Paulo Roberto, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, para evitar custos com o transporte seguro de um réu preso em casa com tornozeleira eletrônica.

TRANSPETRO E ODEBRECHT

Durante depoimento em colaboração premiada para o Ministério Público Federal na Operação Lava-Jato, o ex-diretor da Petrobras disse que um esquema de corrupção pagou propinas a uma série de políticos. Na 13ª Vara, afirmou que Sérgio Machado fazia parte do esquema pelo PMDB e que, inclusive, havia pago cerca de R$ 500 mil a Paulo Roberto no apartamento do presidente da Transpetro no Rio.

A propina foi motivada porque o ex-diretor ajudou a fechar a contratação de “alguns navios”. Paulo Roberto ainda disse que a Andrade Gutierrez fazia parte de um cartel de empreiteiras que superfaturava licitações na estatal em 3% a fim de financiar os subornos que seriam destinados a partidos e políticos. O contato seria o presidente da empreiteira, Paulo Dalmazzo.

10 de novembro de 2014
Eduardo Militão
Correio Braziliense

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