As numerosas situações nas quais as divulgações das pesquisas de intenção de votos para o primeiro turno se desviaram significativamente da realidade, evidenciam o fato de que o eleitor brasileiro, apesar da grande parcela despreparada e deseducada, exibiu um comportamento estatístico indicador de que a influência da avalanche de previsões, anunciadas quase que diariamente, impedindo a mínima reflexão sobre o melhor candidato e, consequentemente, favorecendo a atração ao perigoso pântano do voto útil, não foi a esperada, no momento da urna.
Por outro lado, os resultados mostram também que os Institutos responsáveis inspiraram uma baita dose de desconfiança na população, o que sugere uma urgente necessidade de oxigenação em suas metodologias e um esforço no sentido de mostrar maior transparência nas relações entre eles e os partidos e candidatos interessados no processo de sondagem.
Que passem a servir tão somente como elemento balizador, sua função, e não como vetor indutor de tendências, sensação difícil de ser descartada pela opinião pública após este primeiro turno.
09 de outubro de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
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