"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

PAULO ROBERTO COSTA COMEÇA A REVELAR NOMES DO ESQUEMA DE CORRUPÇÃO NA PETROBRAS

Exclusivo: Paulo Roberto Costa começa a revelar nomes dos beneficiários do esquema de corrupção da Petrobras

Sergio Cabral, Roseana Sarney, Eduardo Campos, Renan Calheiros e Edison Lobão estão entre os citados nos depoimentos do ex-diretor da Petrobras

Preso em março pela Polícia Federal, sob a acusação de participar de um megaesquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa aceitou recentemente os termos de um acordo de delação premiada – e começou a falar.
No prédio da PF em Curitiba, ele vem sendo interrogado por delegados e procuradores. Os depoimentos são registrados em vídeo — na metade da semana passada, já havia pelo menos 42 horas de gravação. Paulo Roberto acusa uma verdadeira constelação de participar do esquema de corrupção.
Entre eles estão os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Do Senado,  Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e Romero Jucá (PMDB-RR), o eterno líder de qualquer governo. Já no grupo de deputados figuram o petista Cândido Vaccarezza (SP) e João Pizzolatti (SC), um dos mais ativos integrantes da bancada do PP na casa. O ex-ministro das Cidades e ex-deputado Mario Negromonte, também do PP, é outro citado por Paulo Roberto como destinatário da propina. Da lista de três “governadores” citados pelo ex-diretor, todos os políticos são de estados onde a Petrobras tem grandes projetos em curso: Sérgio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio, Roseana Sarney (PMDB), atual governadora do Maranhão, e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à Presidência da República morto no mês passado em um acidente aéreo.
Paulo Roberto também esmiúça a lógica que predominava na assinatura dos contratos bilionários da Petrobras – admitindo, pela primeira vez, que as empreiteiras contratadas pela companhia tinham, obrigatoriamente, que contribuir para um caixa paralelo cujo destino final eram partidos e políticos de diferentes partidos da base aliada do governo.
Sobre o PT, ele afirmou que o operador encarregado de fazer a ponte com o esquema era o tesoureiro nacional do partido, João Vaccari Neto, cujo nome já havia aparecido nas investigações como personagem de negócios suspeitos do doleiro Alberto Youssef. 
Conheça, nesta edição de VEJA, outros detalhes dos depoimentos que podem jogar o governo no centro de um escândalo de corrupção de proporções semelhantes às do mensalão.
09 de setembro de 2014
Rodrigo Rangel - Veja
 

Um comentário:

  1. A delação do Paulo Roberto Costa está ficando muito abrangente, será que isso não irá prejudicar o entendimento da novela com tantos personagens.(?)
    Muitas coisas tem conspirado no Brasil para dificultar o entendimento dos crimes praticados por políticos, não é preciso citá-los, nem adianta.

    Todos nós nos lembramos de um sem número desses delitos, há homicídios, ex: Celso Daniel, e anteriormente P.C. Farias que ainda estão nebulosos.

    Um fato que se deu comigo, com respeito ao assunto do assassinato do
    P.C. Farias, que eu repito por ser curioso, e que a turma da Veja de vez em quando repete: "você já disse isso" e não publica; a história é a seguinte:- morto o homem e a mulher que o acompanhava, de madrugada, já na manhãzinha o secretário da segurança do Estado das Alagoas pelo rádio resumia tudo num crime passional; um matou um, o outro matou o outro, e pronto.

    Como não colou muito bem, virou uma confusão, ninguém entendeu até hoje a morte do tesoureiro da campanha do Collor de Mello, fizeram uma bagunça, não batia nada com nada, chamaram o Badam Palhares, então legista famoso da Unicamp. Não resolveu nada, mas tesoureiros de campanha política nunca faltou.

    Precisamente nesse ponto me encontrei com um amigo, adv. criminalista,e já fui soltando:- "agora o bicho vai pegar, o Badam Palhares..." fui interrompido:-" Não vai dar nada."
    Eu quis saber de onde vinha tanta certeza, perguntei-lhe por que?
    E ele laconicamente, mas com toda convicção respondeu :- "Há muito dinheiro na parada."

    É da pra pensar.............
    -

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