Mensalão II da Petrobras: Dilma diz que tem um "telhado cobertinho", mas constrói "telhado de acobertamento" das denúncias.
Ontem, diante de 40 milhões de telespectadores do Jornal Nacional, a candidata Dilma Rousseff falou como Presidente da República sobre o Mensalão II, que pode ter desviado para os cofres do PT e dos seus aliados mais de R$ 3 bilhões nos últimos anos. Falou não. Gaguejou. Pelo menos não faltou com a verdade? Faltou. E muito. Vejam a declaração.
“O meu telhado tem a firme determinação na investigação. Então, ele é um telhado cobertinho pela Polícia Federal investigando, Ministério Público com autonomia, lei anticorrupção, e quero dizer também da lei de acesso à informação, que eu acho importantíssimo".
Dilma quis repetir o velho mantra de que o seu governo investiga mais. Não, presidenta. O seu governo comete mais crimes, especialmente dentro da Petrobras comandada pela senhora desde 2003 e que coleciona centenas de denúncias não investigadas neste período, conforme publicamos ontem, aqui neste Blog.
O telhado cobertinho citado por Dilma Rousseff é de vidro. Ela jamais determinou que este escândalo da Petrobras fosse investigado. Aliás, o seu governo está fazendo de tudo para bloquear o trabalho da CPMI do Congresso, já que a CPI da Petrobras do Senado foi totalmente aparelhada pelos parlamentares que, hoje, são acusados pela delação premiada do ex-diretor Paulo Roberto Costa.
A Polícia Federal não foi acionada por Dilma. Agiu dentro das suas atribuições. Aliás, ontem, Dilma determinou que o Ministro da Justiça investigue como o depoimento vazou para a Imprensa, em nítida tentativa de enquadrar o trabalho da polícia. Em vez de explicar a denúncia gravíssima, Dilma quer intimidar a polícia.
Ao que parece, Dilma Rousseff, com a sua dificuldade no uso da língua, usou o termo errado. O telhado cobertinho é, na verdade, um telhado de acobertamento, onde o governo petista aparelha o STF, suborna ministros do TCU com nomeações de parentes e pressiona a Polícia Federal a punir quem está investigando o mais grave escândalo de corrupção da história da República: o Mensalão II da Petrobras.
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