Dinho Ouro Preto, vocalista da banda Capital Inicial, gravou um depoimento para o programa de Eduardo Campos na TV. Estava disposto até a subir no palanque do ex-governador de Pernambuco. Há seis meses, Dinho pediu um encontro. Foi à casa de Campos e saiu convicto. Após dez anos anulando votos, que, antes do mensalão (esquema de compra de apoio parlamentar no governo Lula revelado em 2005), iam para o PT, ele voltara a ter um candidato à Presidência.
Agora, com a trágica morte do político, diz que não vai "transferir automaticamente" seu apoio a Marina Silva, pois algumas coisas na ex-ministra - como a religiosidade e as posições conservadoras sobre os direitos gays - o incomodam. Aos 50 anos, Dinho, que lança o politizado disco Viva a Revolução, tem uma das maiores bases de fãs jovens entre roqueiros surgidos na década de 80. Sobre a continuidade do apoio, Dinho declarou:
Não sei o que Marina vai manter e o que vai transformar. Ainda tem coisas que me incomodam demais na candidata. A questão da religiosidade, as posturas relacionadas aos costumes, os direitos gays, questões relacionadas às drogas. Eu sou agnóstico, e ouvi algo sobre obrigação de ensino religioso nas escolas, o que acho complicado. Quero saber dos limites de seu ambientalismo. Num país onde uma das maiores fontes de divisas são as commodities, como fica se tivermos uma ambientalista jihadista?
(Informações Estadão)
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