"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

CONTABILIDADE CRIATIVA

Governo do PT dá calote em bancos federais para maquiar contas públicas e engordar superávit

dinheiro_43São cada vez mais mirabolantes as manobras do desgoverno de Dilma Rousseff para fechar as contas públicas. Essas irresponsáveis incursões não param de assustar os que ainda ousam subestimar a capacidade inventiva da gestão petista. De acordo com reportagem do jornal “Valor”, publicada na edição desta terça-feira (19), o Tesouro Nacional tem deixado de quitar suas dívidas com os bancos federais apenas porque a ordem que desceu a rampa do Palácio do Planalto é para turbinar o superávit (economia para o pagamento dos juros da dívida).

No âmbito do Banco do Brasil, o débito recai sobre o pagamento de subsídios de financiamentos agrícolas, calote que chegou a R$ 8 bilhões em junho. É praticamente o dobro se comparado aos R$ 4,1 bilhões registrados em 30 de junho de 2013.

O que o governo federal busca com essa medida esdrúxula pode ser comparada ao cidadão que sai às compras com o cartão de crédito em punho, deixa de pagar a fatura para ficar com o dinheiro no banco e ingressa na lista de inadimplentes. Em suma, não há vantagem alguma nessa manobra absurda instituída por Dilma Rousseff e seus “golden boys”.

Pelos contratos celebrados com o Tesouro, a instituição financeira empresta recursos aos agricultores cobrando taxas menores do que as do mercado, em linhas de crédito como, por exemplo, o “Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção” (Inovagro) e “Construção e Ampliação de Armazéns” (PCA). Cabe ao órgão vinculado ao Ministério da Fazenda cobrir essa diferença por meio de uma operação conhecida como “equalização de taxas de juro”.

De acordo com o “Valor”, o volume de financiamentos agrícolas aumentou de R$ 131,4 bilhões para R$ 164,7 bilhões entre junho de 2013 e de 2014, o que representa alta de 25%. Com isso, subiu 50% a “equalização de taxas de juros” entre um período e outro, de R$ 47,6 bilhões para R$ 71,4 bilhões. “Mas o volume de subsídios que o banco oficial tem a receber do Tesouro aumentou muito mais, em 91%, na mesma base de comparação, indicando um descasamento entre o que o governo cobre e as despesas que o BB tem na operação dessas linhas”, alerta o jornal.

A estratégia adotada pelo governo para engordar o superávit fragiliza a credibilidade do Banco do Brasil junto ao mercado, pois trata-se de instituição financeira que, mesmo controlada pela União, tem acionistas privados. Por outro lado, o não pagamento dos débitos por parte do Tesouro Nacional poderá comprometer a capacidade do BB de oferecer crédito ao setor agrícola, que mais adiante reclamará da dificuldade em obter financiamentos ou de regras mais rígidas por conta da falta de recursos.

20 de agosto de 2014
ucho.info

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