O Exército de Israel não é diferente de nenhum outro Exército do mundo. O Hamas tampouco é diferente de outras guerrilhas urbanas do mundo.
Charge: Joep Bertrams – Het Parool - Amsterdam - Holanda
*Guga Chacra é comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY.
O Exército de Israel não é diferente de nenhum outro Exército do mundo. Não é o mais moral e tampouco o mais cruel. Atua da mesma forma que a maior parte das Forças Armadas do mundo atuariam se enfrentassem uma guerrilha como o Hamas.
Como exemplo, pegue os Estados Unidos, do celebrado Barack Obama, Nobel da Paz. Seus Drones bombardeiam o Yemen para combater a Al Qaeda. Mas no fim morrem centenas de civis nestes ataques. E olhe que os iemenitas não lançam um foguete sequer contra o território americano.
Noto que os conflitos mais sanguinários do Oriente Médio no pós Guerra envolveram potências não árabes – Irã (Guerra Irã-Iraque), EUA (Guerra do Iraque) e França (Guerra da Argélia). Todos mataram bem mais do que qualquer conflito entre israelenses e palestinos.
O Hamas tampouco é diferente de outras guerrilhas urbanas do mundo. Age de forma similar a outros grupos guerrilheiros, independentemente da região. Suas táticas são comuns em uma zona com elevada densidade demográfica, bloqueada e enfrentando um Exército superior. É um pouco óbvio que se esconderão no meio da população.
Trata-se de um conflito assimétrico. Não há condições de nenhum dos lados sair totalmente vencedor, embora guerrilhas, como o Hamas, tendem a sair vencedoras ao não perderem. Foi o que aconteceu no atual conflito.
A única forma de estabilidade definitiva seria um acordo de paz. Isso também já ocorreu em outras partes do mundo. Os europeus, que são o povo que mais se matou na história da humanidade, hoje vivem em relativa paz, a não ser pela Ucrânia.
Por que no Oriente Médio, onde nunca houve violência que chegasse aos pés da violência europeia, judeus e árabes não conseguirão o mesmo?
Como exemplo, pegue os Estados Unidos, do celebrado Barack Obama, Nobel da Paz. Seus Drones bombardeiam o Yemen para combater a Al Qaeda. Mas no fim morrem centenas de civis nestes ataques. E olhe que os iemenitas não lançam um foguete sequer contra o território americano.
Noto que os conflitos mais sanguinários do Oriente Médio no pós Guerra envolveram potências não árabes – Irã (Guerra Irã-Iraque), EUA (Guerra do Iraque) e França (Guerra da Argélia). Todos mataram bem mais do que qualquer conflito entre israelenses e palestinos.
O Hamas tampouco é diferente de outras guerrilhas urbanas do mundo. Age de forma similar a outros grupos guerrilheiros, independentemente da região. Suas táticas são comuns em uma zona com elevada densidade demográfica, bloqueada e enfrentando um Exército superior. É um pouco óbvio que se esconderão no meio da população.
Trata-se de um conflito assimétrico. Não há condições de nenhum dos lados sair totalmente vencedor, embora guerrilhas, como o Hamas, tendem a sair vencedoras ao não perderem. Foi o que aconteceu no atual conflito.
A única forma de estabilidade definitiva seria um acordo de paz. Isso também já ocorreu em outras partes do mundo. Os europeus, que são o povo que mais se matou na história da humanidade, hoje vivem em relativa paz, a não ser pela Ucrânia.
Por que no Oriente Médio, onde nunca houve violência que chegasse aos pés da violência europeia, judeus e árabes não conseguirão o mesmo?
07 de agosto de 2014
in toinho de passira
Fonte: Estadão
*Guga Chacra é comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY.
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