CANDIDATURA DE JOSÉ ROBERTO ARRUDA EM BRASÍLIA DEPENDE DE DECISÃO DA JUSTIÇA
A candidatura de José Roberto Arruda, ao governo do Distrito Federal, depende da decisão do Tribunal de Justiça, que já pautou para o próximo dia 25 o julgamento da ação de improbidade administrativa ajuizada contra ele. Se condenado até 5 de julho próximo, prazo final para registros da candidaturas, o ex-governador ficará inelegível. O mesmo se estenderá aos outros réus na mesma ação.
No final de 2013, o ex-governador, alvo da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, foi condenado pela Segunda Vara da Fazenda Pública. O processo é fruto da delação de Durval Barbosa, acusado de ser o operador do esquema de corrupção no governo de Joaquim Roriz, que entregou à Polícia Federal um vídeo em que Jaqueline Roriz, filha do então governador, aparece ao lado do marido no gabinete de Barbosa colocando numa bolsa dinheiro vivo.
O advogado de Arruda, o conceituado criminalista Edson Smanioto, entende que o fato ocorreu durante o governo de Roriz, pai de Jaqueline, e ambos apoiavam outra candidatura, da então vice-governadora Maria de Lourdes Abadia.
- Não é possível imaginar que sua própria filha receberia dinheiro para atuar em favor do adversário do pai – afirma Smanioto.
Atualmente deputada federal, Jaqueline Roriz é também ré nesse processo, junto com seu marido Manoel Neto e o próprio delator Durval Barbosa. De acordo com o Ministério Público, Barbosa passou a entregar dinheiro arrecadado do esquema a Arruda e a quem ele determinasse. José Roberto Arruda chegou a ser preso, pouco depois que o esquema foi descoberto à tona em 2009, com a operação da Polícia Federal.
Em dezembro de 2013, Arruda, Jaqueline e Dias foram condenados a ressarcir integralmente 300 mil reais equivalente ao prejuízo aos cores públicos, além de multa de duas vezes ao rombo causado e pagamento de danos morais de R$ 200 mil cada um, e tiveram suspensos seus direitos políticos por oito anos.
20 de junho de 2014
José Carlos Werneck
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