"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 22 de junho de 2014

CALA A BOCA, MAGDA!

               

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A única medida eficaz para incentivar a indústria – e os investimentos na economia produtiva em geral – seria revogar radicalmente a escalada do binômio mentiras nas contas + ameaças na política que vem embalando o PT desde que dona Dilma montou em sua decantada competência e alçou voo solo com a desmontagem geral de nada menos que o conjunto dos contratos nacionais e internacionais que mantinham em pé o sistema brasileiro de produção e distribuição de energia elétrica lá em 2012.
 
Desde então tem sido ladeira abaixo, uma coisa puxando a outra: numeros rebeldes levando à falsificação de contas; contas falsificadas levando à fuga de investidores; queda do desempenho econômico levando a piora nas pesquisas e piora nas pesquisas levando à radicalização do discurso político.
 
Isenções pontuais de impostos, incentivos ao consumo aqui e ali, mais “gastos sociais”, tipo adicional para motoboys, como os anunciados ontem, nada disso se traduz, para o mercado, como planejamento econômico, que é o que tem faltado; tudo se desnuda no ato como mais uma manobra tática eleitoreira visando clientelas específicas o que reconfirma e aprofunda a desconfiança no governo e, assim, piora as expectativas, aquele conceito chave cuja função o petismo faz questão de não entender ou de fingir que não entende em matéria de economia.
 
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Agora, alias, é tarde. A coisa já entrou para a seara de “Pedro e o lobo”: foram tantas as mentiras que já nem adianta mais tentar dizer a verdade.
 
De qualquer maneira, parece certo que não corremos esse risco. Tome-se como exemplo a reinterpretação da vaia à Dilma do seu fiel escuderio Gilberto que os jornais divulgaram hoje.
Diz o Secretario Geral da Presidência, ao contrário de Lula, que não, não é só a “elite branca” que vaia a patroa; que ele próprio pôde constatar nos metros que tomou para ver jogos da Copa que “essa coisa” do PT ser corrupto “já pegou, já desceu para o povão”.
 
Mas nem quando esbarra na verdade um petista deixa de ser um petista: “essa coisa” (o PT ser corrupto), fica no subtexto, não existe de fato, é uma fabricação da imprensa, e “está pegando” apenas e tão somente graças ao “bombardeio diário” que ela mantém contra esses inocentes, o que deixa subentendido que, quando o PT ganhar, “eles vão ver”, seja toda a “elite branca”, como já ameaça o Lula, seja só a imprensa livre como sempre quis o partido.
 
A imprensa tem para as vaias, portanto, os poderes que o PT lhe nega quando o caso é de aplauso. E assim, a cobra morde o próprio rabo e voltamos ao ponto de partida.
 
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A partir de quarta-feira, anunciam os mesmos jornais, o ministro Luis Roberto Barroso, aquele que fala de mansinho, vai provar ao Brasil que também o negro Joaquim Barbosa faz parte da “elite branca”, passando a reexaminar todos os pleitos da “elite da Papuda” e de seus aguerridos advogados que não admitem seus clientes iguais a nós outros perante a lei.
 
Tal revisão, de resultado absolutamente previsível, virá logo na sequência da que o ministro Teori Szavaski já fez das sentencas de um seu colega do Paraná (provavelmente da “elite branca”) mandando soltar Paulo Roberto Costa, outra “vítima da imprensa”, desta vez articulada com mendazes autoridades bancárias suissas, que inventa mentiras sobre “quadrilhas” que andam “assaltando a Petrobras” que, conquanto absolutamente inexistentes, produzem contas de dezenas de milhões de dolares em bancos daquele país europeu.
 
Enfim, quanto mais o PT se explica e age para “incentivar a economia”; quanto mais energicamente ele disciplina os fatos para que se ajustem às suas versões, piores ficam as coisas, de modo que a imobilidade e o silêncio seriam, certamente, a opção mais segura para este delicado momento no qual qualquer nova tentativa de ajudar, por bem intencionada que possa ser, pode desencadear um pânico sem volta.
 
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22 de junho de 2014
vespeiro

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