O exercício do poder impõe a solidão pela sua própria natureza. São tantas as pressões, os interesses mesquinhos e a falta de patriotismo que os mandatários logo percebem a teia armada sobre suas cabeças. Ou entra nesse jogo de gato e rato, ou então pede para sair, como Jânio, ou é derrubado, como Jango. Getúlio preferiu o suicídio. Outros ainda são assassinados e a história nunca vem a tona na sua integralidade, em razão das questões maiores do Estado.
Isso sem falar na ingerência de potências estrangeiras, que utilizam seus serviços secretos para minar os governos até a exaustão, quando seus interesses vitais são contrariados. Vários governantes nacionalistas da América latina e do Caribe foram assassinados sem explicação. Até hoje, não foi desvendada a morte de Omar Torrijos, no Panamá. Generais nacionalistas também tombaram na Argentina, no Paraguai, na Bolívia, no Peru e na Venezuela.
O jogo é baixo, rasteiro, repulsivo e alienante. Nenhum governante sai ileso do exercício do poder. Geralmente contraem alguma doença derivada do cargo. É o preço que pagam por desejarem tanto a bela noiva, que depois se transforma em angústia e solidão o tempo todo. No entanto, o poder é irresistível e todos querem a reeleição, mesmo sabendo que estão a caminho do cadafalso, inexoravelmente. Os exemplos são tantos, que se tornaria enfadonho enumerá-los, deixo para a imaginação dos comentaristas esta tarefa inglória.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O artigo de Roberto Nascimento nos leva a reflexões importantes. Na verdade, o poder é como a própria vida e se extingue com o tempo. Da mesma forma, a riqueza, o fausto, a vaidade, a competição, o consumismo e a fama seguem idêntico percurso, acabam se esvaindo. Aqui na terra, ninguém é dono de nada, tudo é alugado. Mas muitas pessoas geralmente não raciocinam sobre essa realidade. Vivem num outro mundo ilusório, que não leva a nada. São dignos de pena. (C.N.)
Isso sem falar na ingerência de potências estrangeiras, que utilizam seus serviços secretos para minar os governos até a exaustão, quando seus interesses vitais são contrariados. Vários governantes nacionalistas da América latina e do Caribe foram assassinados sem explicação. Até hoje, não foi desvendada a morte de Omar Torrijos, no Panamá. Generais nacionalistas também tombaram na Argentina, no Paraguai, na Bolívia, no Peru e na Venezuela.
O jogo é baixo, rasteiro, repulsivo e alienante. Nenhum governante sai ileso do exercício do poder. Geralmente contraem alguma doença derivada do cargo. É o preço que pagam por desejarem tanto a bela noiva, que depois se transforma em angústia e solidão o tempo todo. No entanto, o poder é irresistível e todos querem a reeleição, mesmo sabendo que estão a caminho do cadafalso, inexoravelmente. Os exemplos são tantos, que se tornaria enfadonho enumerá-los, deixo para a imaginação dos comentaristas esta tarefa inglória.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O artigo de Roberto Nascimento nos leva a reflexões importantes. Na verdade, o poder é como a própria vida e se extingue com o tempo. Da mesma forma, a riqueza, o fausto, a vaidade, a competição, o consumismo e a fama seguem idêntico percurso, acabam se esvaindo. Aqui na terra, ninguém é dono de nada, tudo é alugado. Mas muitas pessoas geralmente não raciocinam sobre essa realidade. Vivem num outro mundo ilusório, que não leva a nada. São dignos de pena. (C.N.)
Roberto Nascimento
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