Faz pouco caso de aliados como Kátia Abreu e veta lei que isenta máquinas agrícolas de emplacamento.
Abraço traiçoeiro.
Nenhuma ação para impedir as invasões indígenas. Portas abertas no Planalto para os arruaceiros e invasores do MST. Burocracia e mais burocracia na liberação do seguro agrícola. E agora o veto a uma lei aprovada pelo Congresso Nacional.
Com que cara ficam a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), o senador Waldemir Moka (PMDB-MS), o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) e o senador Blairo Maggi (PR-MT), grandes representantes dos produtores rurais, quando Dilma Rousseff veta o projeto aprovado pelo Congresso, que dispensava o licenciamento e emplacamento de veículos agrícolas como tratores e colheitadeiras? A decisão saiu hoje no Diário Oficial, às vésperas do anúncio do Plano Safra 2014-2015.
O autor do projeto, deputado Alceu Moreira (PMDB-RS) reagiu contra o veto. "O governo federal reafirma não ter nenhum compromisso com o setor primário. Eles querem meter a mão no bolso do produtor rural, atuando como um sócio oculto sem nunca ter plantado nada", criticou o autor do projeto. Para ele, o governo não olha para o agricultor de mãos calejadas que produz alimentos, apenas enxerga o número de máquinas em uso ou vendidas para colocar mais dinheiro nos cofres da União.
A senadora Kátia Abreu, que também preside a poderosa Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), apoiou a aprovação deste projeto, já que a exigência do registro das máquinas agrícolas nos Detrans (Departamentos de Trânsito) representa ônus financeiro adicional para os produtores rurais, elevando os custos de produção do setor.
O setor agrícola, segundo a CNA, estima que as despesas com licenciamento, emplacamento, seguro obrigatório e a compra de outros itens, como cinto de segurança e extintores, correspondam a 3% do valor de cada máquina. Levantamento feito pela área técnica da instituição mostra que, dependendo do estado, o produtor rural tem despesas adicionais com o emplacamento de suas máquinas e veículos entre R$ 360,00 e R$ 560,00. Os mais prejudicados com a medida eram os pequenos e médios agricultores.
A CNA, presidida pela senadora Kátia Abreu, considera que a exigência do emplacamento é meramente arrecadatória porque as máquinas agrícolas permanecem 98% do tempo dentro das propriedades rurais. É um absurdo e incompreensível cobrar de colheitadeiras ou tratores o mesmo que para os carros de passeio, segundo o deputado Moreira. Não é à toa que Dilma Rousseff virou persona non grata no meio rural.
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