"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

GOVERNO NÃO SABE EXLICAR POR QUE 59% DAS OBRAS DA COPA NÃO FICARÃO PRONTAS.

Gilberto Carvalho torce para frustração passar quando a bola rolar
 
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou ontem que o atraso nas obras da Copa do Mundo é "frustrante", mas que o "essencial" para o evento será entregue. A fala ocorreu em resposta a questão que citava o levantamento da Folha divulgado ontem, segundo o qual só 41% das obras e intervenções previstas pelo governo estão prontas, a menos de um mês para o início do Mundial.
 
"É uma frustração, claro. A gente lamenta isso. Mas as obras vão ficar prontas", declarou Carvalho. "Elas não são inúteis e não ficarão paralisadas. Serão concluídas, a serviço do povo." O ministro disse, porém, que obras essenciais, como aeroportos e vias de acesso aos estádios, serão entregues. Mesmo essas obras tiveram problemas. A reforma do aeroporto de Fortaleza, por exemplo, não saiu a tempo e o governo decidiu fazer às pressas um terminal de lona.
 
Carvalho deu as declarações em Curitiba, onde participou de seminário organizado pela Presidência da República e por centrais sindicais para debater o legado da Copa com movimentos sociais. No evento, a gestão petista também fez um mea-culpa: "O governo federal foi incompetente [no diálogo com a sociedade sobre a Copa]. Eu não deveria estar aqui hoje. Deveria estar dois, três anos atrás", disse o ministro à plateia, que o aplaudiu.
 
Sobre os protestos, Carvalho afirmou que o objetivo do evento, ou do governo, não é inibi-los, mas só pedir que sejam feitos sem violência. Para o ministro, o clima "anti-Copa" deverá arrefecer após o início do evento.
Já a presidente Dilma Rousseff afirmou que estádios e aeroportos estão "encaminhados" para o evento. "Acho que a Copa tem todas as condições para ser um sucesso", disse ontem em entrevista em Jati, no Ceará, onde visitou obras de transposição do rio São Francisco.
OUTRO TOM
 
O ministro Aldo Rebelo (Esporte) usou ontem tom diferente ao de Carvalho. No programa "Bom Dia, Ministro", da TV NBR, ele disse que a Copa ajudou o país a acelerar obras, mesmo aquelas que não ficarão prontas a tempo.
"As obras de mobilidade eram do PAC e estavam planejadas independentemente de o Brasil receber a Copa. São obras de que nossas metrópoles careciam para melhorar o tráfego. (...) A Copa ajudou e ajuda, sim, o Brasil a ter uma infraestrutura melhor."
 
(Folha de São Paulo)

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