Rose pode infernizar seu “deus”?
Como uma mulher que responderá judicialmente por acusações de falsidade ideológica, tráfico de influências, corrupção passiva e formação de quadrilha pode infernizar a imagem de seu “deus”? Esta perguntinha político-teológica terá fácil resposta se a figura envolvida for a “Doutora” Rosemary Nóvoa Noronha – ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo – que, segundo inconfidências petralhas, costuma se referir ao velho amigo e ex-chefe Luiz Inácio Lula da Silva como “Deus”. Na teogonia rosemeryana, o tal do Grande Arquiteto do Universo perdeu seu lugar para o Grande Sindicalista de Resultados.
Juntos chegaremos lá...
Como uma mulher que responderá judicialmente por acusações de falsidade ideológica, tráfico de influências, corrupção passiva e formação de quadrilha pode infernizar a imagem de seu “deus”? Esta perguntinha político-teológica terá fácil resposta se a figura envolvida for a “Doutora” Rosemary Nóvoa Noronha – ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo – que, segundo inconfidências petralhas, costuma se referir ao velho amigo e ex-chefe Luiz Inácio Lula da Silva como “Deus”. Na teogonia rosemeryana, o tal do Grande Arquiteto do Universo perdeu seu lugar para o Grande Sindicalista de Resultados.
Em novembro do ano passado, Rose só faltou jurar, em entrevista à Veja, que sua relação com Lula (a quem chama de “Deus”) tivesse alguma intimidade: “Minha relação com ele é de amizade, fidelidade e totalmente profissional. As nossas famílias se conhecem desde que as crianças eram pequenas”. Agora, a Veja revela que Rose arquitetou um plano cujo objetivo é restabelecer as suas ligações com “Deus”.
Segundo a revista, em troca de ameaças de envolvimento de pessoas do governo nos escândalos, Rosemary teria conseguido que o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, tenha lhe ajudado a bancar dezenas de advogados. Rose também teria obtido ajuda para adquirir uma franquia da rede de escolas de inglês Red Balloon – que colocou em nome de suas Meline e Mirelle, além do ex-marido José Cláudio Noronha.
O Rosegate é um dos casos até agora mais bem abafados pela máquina petista. Todo o caso corre em estranho segredo judicial, sem a menor transparência, na Justiça Federal. O sigilo é tão escroto que a Presidência da República classificou como “reservados” os gastos com cartão corporativo da ex-chefe do escritório paulista. Graças a tal manobra, só daqui a cinco anos será possível saber como a servidora usou o dinheiro de plástico oficial.
A classificação de “despesa reservada” foi feita sob a justificativa de que as informações “colocariam em risco a segurança da presidente e vice-presidente da República, e respectivos cônjuges e filhos”. Antes de ter virado questão de Estado, soube-se que Rose tinha gasto R$ 66.062,41 com o cartão da Presidência, entre 2003 e 2011, em diferentes grupos de despesa.
Os segredinhos sobre o cartão da Rosemary destroem as recentes declarações do endeusado Lula aos blogueiros que também o idolatram sobre a transparência do governo: “O que era a Controladoria Geral da República quando eu lá cheguei? Era uma pessoa. Hoje qualquer um pode fiscalizar as contas do governo em tempo real. Pelo fato de ser do PT, da Igreja Progressista, da CUT, partido de esquerda, mesmo certo já é acusado, se estiver errado está ferrado. Então temos que fazer o debate e não correr do debate”.
Do debate sobre Rosemary o “deus” Lula foge como o Diabo da Cruz, embora tenha a certeza de que é inatingível. Do mensalão, Lula escapou milagrosamente ileso. Como reconhecido chefão do PT, Lula também teve seu santificado nome distanciado de qualquer problema com o até hoje mal explicado sequestro, tortura e assassinato de Celso Daniel (ex-Prefeito de Santo André, no ABCD paulista). Os rolos na Petrobras, cuja CPI será providencialmente abafada pela Copa do Mundo, também não o afetarão.
Enfim, Lula não é “deus”, mas é divina sua capacidade de blindagem política. Assim, na campanha reeleitoral, vai partir para a ofensiva, como de costume. Lula terá, de sobra, o poder da máquina, a força fanática da militância de um partido-religião. A suposta oposição, como de costume, continua claudicante. Só a força oculta da Oligarquia Financeira Transnacional tem condições de impedir os planos de Lula, financiando a mídia amestrada para que jogue esterco no ventilador do PT.
A campanha eleitoral, depois da Copa, promete ser um dos maiores espetáculos de baixaria da velha Terra de Santa Cruz. A provável derrota petista – tendência com a traição já ensaiada pelo PMDB – indica que o próximo governo vai enfrentar o caos na economia. Sem falar que, na política, vai ser complicado o processo pacífico de desinfetar a máquina administrativa aparelhada pela petralhada e por seus comparsas.
Enfim, 2015 tende a ser infernal. O “deus” Lula que se cuide, para não acabar confundido com o “cramulhão”. O duro é que os líderes petistas estão com a vida ganha, mesmo perdendo a eleição. Já quem precisa trabalhar e produzir, para sobreviver, será obrigado a comer o pão que o diabo amassou.
Sem mudança no sistema político brasileiro, sob hegemonia da governança do crime organizado, continuaremos enxugando o gelo, rumo ao permanente subdesenvolvimento. Temos de romper com a vocação histórica para o fracasso, a vagabundagem, a especulação, a injustiça, a impunidade, e a falta de educação.
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Jumentice
Juntos chegaremos lá...
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Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
18 de maio de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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