O jornal francês Libération publicou uma reportagem daquelas que incomodam.
Começa dizendo que, a dois meses da «Copa das copas», a maior cidade do País é obrigada a conviver com uma organização de narcotraficantes que, de tão poderosa, está em condições de paralisar as instituições a qualquer momento. Está falando do PCC, como você já imaginou.
Em seguida, dá um apanhado das origens e da atualidade da «principal organização criminosa» do país. Faz uma radiografia da quadrilha e cita os seguintes números:
1993: ano de criação do bando
190 mil: total de detentos no Estado de São Paulo
46 anos: idade do chefe da gangue
37 milhões de euros: receita anual do PCC, o que permite que seja incluído no grupo das 1150 maiores empresas brasileiras
200 euros: contribuição mensal paga por todo membro, ainda que esteja em liberdade
11’500: número total de membros da organização
1’800: membros atualmente em liberdade na cidade de São Paulo.
É mais que o dobro do efetivo da Rota, a polícia de elite. Esses são os tarefeiros, os que executam as ordens do chefe.
13 de abril de 2014
José Horta Manzano
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