"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 13 de abril de 2014

PAPAGAIOS DA GLOBALIZAÇÃO

Nestes dias, aparecem na televisão os intérpretes dos acontecimentos econômicos, militares, políticos, e policiais ocorridos há meio século, quando a maioria deles nem havia nascido. Outros eram infantes. Mas todos são muito conclusivos em seus papéis de “formadores de opinião”. Apoiam-se em dados isolados, ignorando nos debates, as poucas referências, das poucas mentes equilibradas que residem sob cabelos brancos.
Naqueles anos, naquele ambiente macro demagógico, os militares de toda a América Latina e de outras partes do mundo, formados e armados para defender estratégias imperiais – “democratas” ou “comunistas”, - agiam nos limites traçados pelo poder econômico em suas respectivas áreas de influência. Os policiais idem. Já os políticos disputavam o espaço dos negócios intelectuais e materiais, atuando como gestores e capatazes institucionais.
Todos os apreciavam as  estratégicas jogadas da guerra fria. Estavam adestrados para agir nos limites traçados pela Casa Branca e pelo Kremlin, que figuravam como sedes dos impérios opostos. As variações disponíveis estavam na filiação emocional ao discurso europeu, chinês, cubano e outros. Poucos percebiam como eram guiados para vestir a indumentária mental que os levava a agir como “idealistas”, “conservadores” ou “reacionários”.
Os idealistas atiravam-se na ação para promover mudanças “na lei ou na marra”. Os conservadores trabalhavam para preservar a ordem natural das coisas. Os reacionários agiam contra os exageros ideológicos que envolviam os idealistas e propunham mudanças, conservando as instituições do jeitinho que agradava aos centros de inteligência do mundo. 
É uma beleza estar neste mundo e aprender, entender quais foram as ações produtivas e os percalços da própria vida. O outro lado da moeda é a piedade profunda diante das imagens da televisão, ouvindo o discurso imaturo de uns, fanático de outros e da perplexidade dos que tentam equilibrar racional e logicamente o discurso, ampliando o estreito espaço da interpretação emocional.
Nos bastidores estão os magos e seus cientistas aplicados a confundir as mentes. Só devem ser vistas as imagens chocantes. Só devem ser ouvidas as frases isoladas, circunscritas ao micro contexto do macro universo onde se desenvolvem as mesmas ações, onde se definem os mesmos pensamentos, onde vicejam os mesmos conflitos.
 
Sob os auspícios do Instituto Médico Kaiser Wilhelm, em Berlim, Joseph Mengele conduziu as pesquisas sob controle mental afetando milhares de jovens e milhares de outras infelizes vítimas. Himmler supervisionou as pesquisas genéticas. Os documentos de registro daquelas pesquisas foram confiscados pelos Aliados e continuam classificados como secretos até hoje. Poucos iniciados têm acesso aos milhões de documentos. Menos ainda aqueles referentes às técnicas de controle mental. 
A formação educacional enquadra nossas convicções e a informação corrente modela a opinião. A formação experiências e interesses profissionais e pessoais dos que estavam ausentes e hoje se colocam no pedestal de juízes da história, como se dominassem todos os fatos é muito carente e muito limitada por ideologias e fanatismos. Isto é produto da mesma máquina governamental que domina os conteúdos educacionais e domina a propaganda veiculada pelos ausentes que produzem a informação sobre a memória dos tempos passados.
 
Com poucas exceções, os informantes e crentes ideológicos fanáticos, têm consciência de estar contribuindo para bagunçar o cérebro. Nada sabem sobre a desorganização que provocam no organismo humano, este que reage em três centros ou memórias – cérebro pensante, medula espinhal e seus ramos nervosos, memória emocional. Ignoram os próprios vícios que carregam, contrários à sua pretensa humanidade. Foram convencidos para calar sobre as técnicas de controle mental que utilizam como ferramentas em seu trabalho cotidiano.
 
Na prática contribuem decisivamente e abusivamente para eliminar a liberdade intelectual transformando as populações em exércitos de pensamento homogêneo e seres abúlicos. Também enchem os manicômios e consultórios de psiquiatras com os mortos intelectuais, ou sejam aqueles que apenas exercitam o corpo, apenas pensam, ou apenas se emocionam, desequilibrando a energia dos centros motores que caracterizam a saúde e a integridade do homem.
Na história que interpretam reduzem ou omitem o peso das estruturas de poder econômico e suas agências de inteligência, amparados pelo complexo industrial militar e comércio de armas e drogas, estas sim, forças acima de qualquer Constituição, acima de qualquer partido ou ideologia, em todos os tempos. Estas sim que são obedientes a clubes fechados, que submetem os países e os indivíduos, que submetem os políticos e governantes, que submetem as decisões dos empreendedores, que se apoiam nas técnicas de lavagem cerebral e controle mental, utilizando todo o arsenal científico e tecnológico à sua disposição.
 
13 de abril de 2014
viver de novo

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