TUMA JR. APENAS SORRIU QUANDO LHE PASSEI O iPHONE COM A MATÉRIA NA TELINHA.
O evento de lançamento do livro de Romeu Tuma Jr. na Livraria Catarinese do Beiramar Shopping nesta quarta-feira à noite: sucesso absoluto que vem se repetindo por diversas cidades do Brasil. |
Enquanto o ex-Secretário Nacional de Justiça do governo Lula, ex-delegado Romeu Tuma Jr. viajava de Joinville a Florianópolis, para dar sequência a mais um lançamento do já denominado “livro-bomba”, acontecia uma audiência pública na Comissão de Segurança da Câmara, destinada justamente a apurar as denúncias contidas nesse livro: Assassinato de Reputações - Um Crime de Estado, que já vendeu mais de 100 mil exemplares.
As 19h30m em ponto, Romeu Tuma Jr. já estava nesta quarta-feira na Livraria Catarinense do Beiramar Shopping, enquanto uma fila enorme de leitores esperavam pelo autógrafo do autor deste surpreendente best-seller, há 13 semanas entre os livros mais vendidos no Brasil.
Evidentemente, eu estava lá em meio a uma galera de todas as idades, mas fiquei feliz de ver muitos jovens universitários não apenas de Florianópolis, mas de cidades próximas, que vieram até a capital para participar do evento e adquirir o livro de Tuma Jr. com o autógrafo do autor.
E fiquei mais feliz ainda e, sobretudo honrado, porque diversas pessoas me procuraram para dizer que eram leitores deste blog. O evento foi um sucesso que se repete em várias cidades onde Tuma Jr. faz o lançamento de seu livro.
Um grupo de jovens já havia se comunicado previamente com Tuma Jr, para que ao final dos autógrafos houvesse um encontro no restaurante Macarronada Italiana, que de fato aconteceu, lotando um reservado da casa.
INUSITADA COINCIDÊNCIA
O abençoado sistema Wi-Fi, permitiu que os smartphones e tablets funcionassem. Ao navegar pelos sites e blogs políticos topei de cara com a matéria relatando o que acontecera horas antes na Comissão de Segurança da Câmara.
O lead da matéria postada no site G1 informava que a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), havia afirmado que o atual ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, “pegava recursos extorquidos de empresários”, em Santo André durante o governo do ex-prefeito da cidade Celso Daniel, assassinado em 2002. [VEJA EM VÍDEO O DEPOIMENTO DA DEPUTADA MARA GABRILLI]
Carvalho estava presente à audiência, para a qual fora convocado pelos deputados da Comissão. E Mara Gabrilli disse mais, afirmando também que seu próprio pai havia sido extorquido e que Gilberto Carvalho era conhecido como o “homem do carro preto”.
"O senhor sempre foi conhecido como o homem do carro preto, e eu não falo isso porque eu li, eu falo isso porque eu vi. O homem do carro preto era o homem que pegava os recursos extorquidos de empresários e levava para o [ex-presidente do PT] José Dirceu", emendou a deputada.
Fiz uma leitura rápida da matéria e avisei a Tuma Jr. sobre o conteúdo, passando a ele o meu iPhone com a matéria na telinha. Estava sentado à sua frente. Obviamente tinha ali um fato que se ligava à denúncia contida no livro e o seu autor na minha frente.
Durante a audiência, Carvalho negou que tivesse participado da elaboração de dossiês, durante o governo Lula, para atingir adversários políticos. Em seu livro, Tuma Júnior relata que materiais com falsas acusações eram produzidos pelo Ministério da Justiça e Polícia Federal, com aval do Planalto, para desmoralizar quem desagradasse ao governo.
TUMA JR. APENAS SORRIU
Tuma Jr., pegou o meu iPhone e ao ler o conteúdo da notícia esboçou um leve sorriso. Afinal, a deputada Mara Gabrilli estava de viva voz e de cara para Gilberto Carvalho, reforçando um fato que se liga diretamente aos incandescentes relatos do livro-bomba.
Sobre a ameaça de Gilberto Carvalho, reportada pela matéria do G1, de processá-lo, Romeu Tuma Jr., limitou-se apenas a sorrir outra vez. Afinal, a competente equipe de Librizzi, o proprietário da Macarronada Italiana, àquela altura, já estava concluindo o cozimento do talharim que se misturava aos frutos do mar. Os pedidos de fotos ao lado de Tuma Jr., continuavam em meio a um agitado bate-papo regado do começo ao fim sobre política e que se estendeu além da meia-noite.
Só posso lhes dizer que Tuma Jr. é um arquivo ambulante e tem combustível suficiente para fazer tremer a República a outra vez com mais um livro-bomba. Ele é a tal “testemunha 'ocular' da história”, que começa numa delegacia de polícia em São Paulo onde Lula era conhecido como “Barba”, uma espécie de, vamos dizer assim, de informante do Dops. Ou seja, o Barba é, sem qualquer dúvida, uma execrável metaformose ambulante.
Por isso, o livro-bomba continua e continuará por muito tempo bombando.
10 de abril de 2014
in aluizio amorim
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