"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 26 de janeiro de 2014

DILMA DEIXA HOTEL EM LISBOA PELA PORTA DOS FUNDOS

Palácio do Planalto omitiu escala da presidente na capital portuguesa, onde a comitiva ocupou 45 quartos de hotel, ao custo de 71.000 reais

A presidente Dilma Rousseff durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos
A presidente Dilma Rousseff durante o Fórum Econômico
Mundial, em Davos (Keystone /Laurent Gillieron /AP)

Sem comentar os protestos que ocorreram no Brasil no sábado, a presidente Dilma Rousseff deixou pelas portas do fundo o hotel em que se hospedava em Lisboa e embarcou na manhã deste domingo, 26, para Havana, capital cubana.

Dilma e sua comitiva passaram o sábado em Portugal, ocupando um total de 45 quartos de dois dos hotéis mais caros de Lisboa, com um custo total de 71.000 reais, segundo informou a agência Estadão Conteúdo. A presidência optou por não usar o palácio do século XVII mantido pelo governo brasileiro e que serve de embaixada em Portugal por indicar que o local não comportaria a delegação.

No sábado, enquanto os protestos ocorriam em várias cidades, ela jantava em um restaurante com estrela pelo Michelin, a referência da boa gastronomia no mundo. A viagem estava sendo mantida em sigilo e apenas foi explicada depois que reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou o momento em que Dilma entrou num hotel da capital portuguesa.
A suíte em que ficou hospedada a presidente tem diária com preço de tabela equivalente a 26.000 reais.

No sábado, às 9h35 (horário de Lisboa), o comboio que levaria a presidente do hotel ao aeroporto foi obrigado a entrar em uma garagem pública que dá acesso ao hotel. Enquanto um dos funcionários lavava carros sem saber o que ocorria, os seguranças realizavam a operação para driblar os jornalistas e impedir que a presidente tivesse contato com a imprensa que a aguardava.

Leia também:
Jantar ao Tejo - Na noite de sábado, diferentemente do que havia informado o Palácio do Planalto, Dilma saiu para jantar no elegante restaurante Eleven, com vista para o rio Tejo.
O Planalto havia informado que a presidente estava "dormindo", enquanto outros assessores indicavam que "desconheciam" qualquer plano de saída da presidente.

No entanto, uma foto publicada no jornal português 'Expresso' de ontem deixou a comitiva sem explicações.
Na foto, Dilma está entrando no luxuoso restaurante, acompanhada pelo embaixador do Brasil em Portugal, Mario Vilalva.
O ministra Helena Chagas, chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, também aparece na foto. Pode-se ver um dos seguranças e o próprio embaixador carregando uma sacola com garrafas de vinho. O restaurante é um dos melhores de Portugal e um dos poucos no país classificado com estrela Michelin.

Dilma esteve na Suíça desde quinta-feira, 23, e, sexta-feira, 24, foi uma das palestrantes no Fórum Econômico Mundial, em Davos. O próximo compromisso da presidente é a inauguração de um porto financiado pelo Brasil em Cuba, nesta segunda-feira, 27.

Oficialmente, a explicação para a parada em Portugal é a de que o avião da FAB não teria autonomia para viajar entre Zurique e Havana.
Mas o Planalto não explica nem porque a visita foi mantida em sigilo nem porque o abastecimento do jato não poderia ter ocorrido com a comitiva dentro do avião, algo que levaria cerca de uma hora.

26 de janeiro de 2014
Veja
(Com Estadão Conteúdo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário