"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

PIB TERÁ MENOR AVANÇO EM ANO ELEITORAL DESDE 2002 - DIZ BANCO CENTRAL

POR DINHEIRO PÚBLICO & CIA


Na disputa por um segundo mandato, a economista Dilma Rousseff enfrentará a pior taxa de crescimento econômico em ano de eleições presidenciais desde 2002, segundo as previsões apresentadas hoje pelo Banco Central.
 
Pelas contas do BC, a produção e a renda do país -o Produto Interno Bruto- terão expansão de 2,3% no período de 12 meses até setembro de 2014, às vésperas do pleito.
 
Quando Dilma foi eleita há três anos, a taxa chegava a espetaculares 7,6%, a melhor marca desde a euforia posterior ao Plano Real, que elegeu FHC.
 
Quando Lula venceu o tucano em 2002, a economia era sacudida por uma crise financeira e o crescimento acumulado até setembro era de apenas 1,3%.
 
A presidente também não viverá uma situação confortável com a inflação, que, para o BC, chegará aos 5,6% no próximo ano, consideradas as expectativas do mercado para o dólar e os juros.
 
Se confirmado, o percentual será o menor em cinco anos, mas, ainda assim, permanecerá bem acima da meta oficial de 4,5%. Para o BC, aliás, a meta será descumprida novamente em 2015, no primeiro ano do mandato do próximo presidente.
 
Embora os juros venham subindo para conter a escalada dos preços, a política de elevação contínua dos gastos do governo age em sentido contrário, alimentando o consumo.
 
Não se pode acusar o BC de ser pessimista: há um ano, a instituição projetava que a economia chegaria a uma taxa de crescimento anual de 3,3% em setembro de 2013, e a inflação fecharia o ano em 4,9%.
 
Agora, as projeções são de 2,3% para a variação do PIB no ano, com alta de preços de 5,8%.
 
As expectativas dos analistas de mercado para 2014 são menos favoráveis: crescimento econômico de 2% e inflação de 5,95%.
 
Os principais trunfos eleitorais de Dilma, porém, não parecem correr riscos até a eleição: o desemprego se mantém em patamares historicamente baixos e os gastos sociais asseguram a queda da pobreza.
 
20 de dezembro de 2013
Folha de São Paulo

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