"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

LÁ DAS BANDAS DO SANATÓRIO

 

FRIBOI NELES
QUE ELES MERECEM

O Brasil da Silva é uma das nações mais deprimentes que o Brasil brasileiro já teve que aguentar na sua história de 513 anos de sobressaltos e assaltos. O dono da Friboi - um dos nomes fantasia de domínio da JBS S.A. - maior frigorífico do setor de carne bovina do mundo, tá pulando e andando para o que pensem as pessoas, a justiça ou a polícia a respeito das doações que financiam campanhas políticas nesse ninho de mafagafes que é esta República dos Calamares.

Enquanto o Supremo Tribunal Federal discute a questão, o cara que prefere ser chamado agora de Zé Friboi, abre as baterias e joga miúdos na pá do ventilador. Ele disse e não mandou dizer que as empresas do grupo JBS sempre financiaram campanhas - e meteu Lula e Dilma no meio - para - vejam só! - não serem "prejudicadas" e nem "perseguidas" em seus negócios.

E jogou esse sarapatel todo nas poaredes, sem nenhu medo de ser feliz. Foi até mais longe, ameaçou que Dilma Vana está na iminência de não contar com o seu apoio para 2014. Ou ela faz o que ele quer, ou a grana vai para o Lulalá traveis.

E então, diante de tamanha e tão desfacetada sinceridade, estamos combinados: Zé Friboi é o Eike Maravilha da política goiana para 2014 e candidato preferencial a cabo eleitoral de Lula. De tudo isso fica o caradurismo que já não choca uma nação que perdeu a vergonha na cara.
PAÍS BEM SEM-VERGONHA

País bem sem-vergonha é aquele em que deputados e senadores que ganham mais de R$ 150 mil mensais, fora o alho e as maracutaias, decidem quanto deve ser o salário mínimo dos seus trabalhadores.

É preciso uma nação andar de joelhos para dar respeito e legitimidade a um ato público imoral, safado e hipócrita como o deboche de um parlamento, sem um pingo de credibilidade, estabelecer um reajuste de 6,6% nos ganhos do operariado, quando na semana passada o governo enfiou 8% de aumento no preço do diesel que abastece o transporte rodoviário do país e faz respingar óleo sujo de inflação em cima de tudo que chega à mesa do seu povo.

País bem sem-vergonha, sem caráter, sem coluna vertebral, sem alma e sem coração é aquele que não reage contra um governo que aplica o maquiavélico fator previdenciário nos ganhos de quem se aposentou com mais de um salário por mês. O governo desse país de canalhocratas se excita, relaxa e goza cada vez que, diante do precipício, ordena um ancião dar o passo a frente.

Só um povo vencido pela mentira, pelo engodo e pela falácia, não se dá conta de que, em pouquinho menos de três décadas de uma farsante república, os governantes maquiados de redemocratizadores dividiram o país em duas espécies de habitantes: políticos e pessoas.

E, como se não bastasse, os políticos estão repartindo as pessoas em castas que, hoje têm o apelido de cotas que se sustentam à base bolsas que guardam os mais variados e humilhantes tipos de esmola.
 CENSURA

Com a "governança da Internet" que Dilma inventou depois que foi flagrada pelos arapongas de Barack Obama, a antiga e carcomida grande mídia pensa que voltará aos bons velhos tempos das notícias de ontem. Tudo que sai segunda-feira nos jornalões já passou e repassou há muito tempo no domingo pelas redes sociais.

Só assim, sob o manto escuro do que alardeiam como "valor residual", os vetustos meios de comunicação podem pensar na retomada do papel de formadores de opinião. O governo Lula/Dilma e a banda podre do PT querem liquidar com a liberdade de expressão dos que não pensam e não agem como eles.
O ESTRUPÍCIO

Toda vez e em qualquer coisa que Zé Dirceu esteja metido, a intriga e a confusão vêm a galope. O guerrilheiro urbano de balas de menta é um bólido dos tempos da diligência que avança por qualquer trilha que tenha pela frente.

Agora mesmo o tal de Zé de Abreu, ou coisa que o valha, laranjão do Saint Peter Hotel & Lavanderia. está a um passo das algemas porque se ofereceu para ser patrão do chefe dos mensaleiros.

O Ministério Público, a Polícia Federal e até a massa ignara querem saber de onde o hoteleiro tira e onde bota tanto dinheiro. E não estão aceitando sugestões terceirizadas.

Zé Dirceu, o Mixordioso, rei da mixórdia, não se contenta com isso. Os sinais de mais um Natal "extraordinário" já estão surgindo no complexo presidiário da Papuda.

Foi tão descarado o protecionismo dos administradores da cadeia para com os mensaleiros que os colegas bandidos descamisados e pés-descalços já anunciam uma rebelião até que tenham tratamento semelhante; até que, na Papuda, todos sejam iguais perante a lei.

Quer dizer, onde Zé Dirceu aparece, ali está a esbórnia. Até mesmo quando quis fundar, no primeiro dia atrás das grades, uma facção tipo assim PCC de elite na Papuda, o próprio companheirão Zé Genoíno, o Serial Cardiopata, pediu pra sair e Roberto Jefferson, o Dedurão, pediu pra não entrar.

Zé Dirceu é um estrupício, onde quer que meta o seu bedelho. Mais que Eike Batista, Zé Dirceu é o fracassado mundial de 2013. E quer mais ainda: já mandou seus advogados dizerem para os ministros do Supremo que já tem outro emprego melhor em vista e que o Zé Abreu do hotel que se exploda.

MANTEGA QUEBROU A CARA

 Guido Mantega, o Destruidor de Aposentados, foi atropelado por si mesmo ao sair na contramão da segurança dos que andam de carro nesse país. Só não se deu pior porque os freios ABS e os airbags foram recolocados no devido lugar. Assim mesmo, até no cruzamento com o governo Dilma, Mantega quebrou a cara. O bom dessa notícia é que, com freios e airbags, os carros no Brasil ficaram pelo menos 40% mais seguros; o lado ruim da notícia é que ficaram 40% mais seguros, inclusive para o Guido Mantega.

A FONTE

 Alô, alô internautas do Brasil aproveitem esse período de festas; aproveitem enquanto o Braz é tesoureito. Assim que acabar o recesso parlamentar, deputados e senadores que você elegeram vão aprovar o "Marco Civil das Comunicações", paixão encruada de Lula da Silva e seu bando de donos da democracia. Com a censura de volta, atendendo pelo codinome de "Governança da Internet", você terão que se contentar com a História Oficial relatada pelos velhos e pomposos veículos de comunicação sustentados pelo maior anunciante do país, o governo - única fonte fidedigna de democracia reinventada.

BOLSA VIRA BOLA

 Quando o governo abre o peito e berra que tem 14 milhões de chefes e donas de casa mantidos pelo Bolsa Família, esconde o fato de que há mais de dez anos esses agraciados pela fortuna governamental não têm e nem procuram ter emprego. O governo e o PT que celebram "10 Anos de Bolsa" não dizem que são mais de 50 milhões de miseráveis sem sua casa, sua vida; com comida escassa na mesa; descamisados e pés-descalços. E o governo mostrando o quanto é pródigo em programar ociosidade e disfarçar miséria finge que não sabe nada, não vê nada, não faz nada com a corrupção que tomou conta do Bolsa Família que já virou Bola de Neve, tamanho Família.
O MAIS FAMOSO ESCONDERIJO DO MUNDO

Há 50 anos exerço, bem e mal, a profissão de jornalista e isso me viciou em liberdade de expressão. Confesso que falo mais do que ouço. Mas esse vício eu peguei há coisa de 28 anos quando, em 1985 Zé Sarney assumiu a Presidência da República para "restabelecer" a democracia no Brasil.

De lá pra cá, os brasileiros e as brasileiras ficaram dependentes das drogas de pronunciamentos oficiais feitos por longos períodos de notícias prontas.

Brasileiros e brasileiras viraram drogaditos de declarações tão festivas quanto definitivas sobre cada um dos feitos que não eram e não deixam de ser mais do que obrigação de qualquer governo.

E os pauteiros da grande mídia mandam seus ratoneiros correr atrás de entrevistas coletivas como se estivessem à cata da verdade, no excelso cumprimento de uma ordem patronal respaldada e garantida pela verba da publicidade enganosa que o governo, maior patrocinador do país, lhes dá de mão beijada.

Para garantir a edição da História Oficial, o  porta-voz do poder dominante paga, com dinheiro público, cada palavra jogada ao ar, cada segundo de exposição, cada centímetro-coluna de jornal; paga assim de um jeito que a grana parece sair aos borbotões dos bolsos recheados dos próprios "entrevistados".

Falo mais do que ouço há 28 anos, pela simples razão de que sou jornalista em Brasília há mais de 36 anos e, da Asa Sul à Asa Norte onde sempre morei - com uma passagem de três anos pela QI-27 no Lago Sul - sempre vi de perto, me mantendo distante, o impoluto Palácio do Planalto.

Os habitantes desse palácio foram - você não vai nem acreditar - piorando o projeto de democracia que o Brasil precisava, numa incrível ordem crescente no que pode haver de avesso à sinceridade e lealdade a um povo bom, alegre e crédulo. Acredite se quiser, Sarney saiu e entrou Fernandinho Beira-Collor. Entrou e saiu escafedeado pela porta dos fundos. Quer dizer, conseguiu ser pior do que Sarney.

Aí veio Itamar Franco, um tampão que gostava de pão de queijo e de andar de fusca. Surge então, o Príncipe dos Sociólogos brasileiros, FHC que curtiu quatro anos a mais do que devia e não fez o que tinha que fazer.

Eis que, senão quando e não mais que de repente, surge Lula da Silva, o inventor da cultura da esperteza nacional: quem não mentir, não sabe de nada. E via a "estratégia da coalizão pela governabilidade"  - a consagração do toma-lá e dá-cá, do "quanto você quer pra ser meu aliado?".

São 28 anos seguidos cuidando para que meus ouvidos não sejam os urinóis das notícias prontas e definitivas; por isso falo mais do que ouço nesse Brasil. Dilma da Silva.

Lamento que estejamos hoje à beira do Marco Civil das Comunicações, codinome Governança da Internet - plano urdido e acalentado por Lula desde de 2002 quando subiu a rampa para não mais descer, posto que ainda hoje preside o Brasil.

Resta-me hoje o jus sperniandi e ainda me sobra liberdade de expressão suficiente para alertar aos mais desavisados que nesta nação, sempre que um governante mente é porque ele esconde algo mais pernicioso que a própria mentira. Em verdade, vos digo: o governo brasileiro é o mais famoso esconderijo do mundo.
 
20 de dezembro de 2013
sanatório da notícia
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