"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 30 de novembro de 2013

"PRECONCEITO IDEOLÓGICO" PARALISOU INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA - DIZ FCH

Os investimentos em infraestrutura no país ficaram parados nos últimos dez anos --desde que os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff assumiram a presidência-- por "preconceito ideológico".
 
A afirmação foi feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) neste sábado (30) em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), onde ele ministrou palestra durante evento de aniversário do Sicoob Credicoonai (cooperativa de crédito).
 
"Pararam dez nos os investimentos em infraestrutura no Brasil por preconceito ideológico", disse FHC, em relação às concessões e privatizações.
 
De acordo com ele, foi um importante passo para o país as recentes concessões de aeroportos e estradas. "E, agora, sem bater no peito para dizer 'erramos'. Quando tudo deu certo dizem que são campeões de concessões, mas o mais importante é fazer bem feito, com transparência", disse.

 Márcia Ribeiro/Folhapress 
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) durante palestra em Ribeirão Preto
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) durante
palestra em Ribeirão Preto

O ex-presidente falou sobre a situação econômica brasileira, que considera entrar em uma "zona cinzenta", colocando em risco os avanços conquistados nos últimos 20 anos.
 
O tucano criticou principalmente o uso dos mecanismos de controle da inflação. O ex-presidente afirmou que há dificuldade em entender a liberdade do Banco Central para fixar a taxa de juros, o que levou a uma elevação tardia e maior que a necessária.
 
Ainda criticou o "afrouxamento" da Lei de Responsabilidade Fiscal, provocando o aumento do endividamento dos municípios e Estados e a gerando incertezas para as gerações futuras.
 
Ainda em recuperação de uma diverticulite, FHC terminou a palestra de cerca de 40 minutos dizendo que o Brasil precisa de "gente nova, gente moderna, que acredita no Brasil".
 
"O Brasil precisa se reinventar. Não só economicamente, mas socialmente. Acabar com a ilusão do marquetismo", completou.

30 de novembro de 2013
ISABELA PALHARES - Folha de São Paulo

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