"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

LULA EMPRESARIA CAMPANHA, ENQUANTO DILMA AUTORIZA GATILHO DOS COMBUSTÍVEIS PARA GOVERNO ARRECADAR MAIS



Não é apenas para aliviar o caixa da Petrobrás – sempre com alegados problemas de rolagem diária de dívidas – que a Presidenta Dilma Rousseff liberou, meio a contragosto, o esquema de aumentos em gatilho dos combustíveis. Na verdade, o reajuste da gasolina e do diesel, agendado para 22 de novembro, é para gerar mais arrecadação, via impostos, socorrendo o governo que precisa de quase R$ 50 bilhões para cumprir suas metas fiscais firmadas com a Oligarquia Financeira Transnacional – que explora o País e lucra sempre com nossa desgraça econômica.
O uso do tal gatilho (fazendo a gasolina e o diesel custarem mais caro ou mais barato conforme sua cotação dolarizada no mercado dos EUA, sendo convertido em reais) tem um objetivo claro: fazer uma maquiagem, usando o câmbio, para que o aumento não tenha o mínimo de reflexo no índice preços – o IPCA – que “mede” a tal da “inflação”. Enquanto isso, a Petrobras fatura mais, lucrando mais e aliviando a pressão oposicionista feita pelos acionistas preferencialistas. Ao mesmo tempo, o governo arrecada mais com os impostos sobre a gasolina e o diesel. Só quem se ferra, como sempre, é o consumidor – em um País que, burramente, tem sua matriz de transporte concentrada no rodoviarismo.
A Presidenta Dilma Rousseff Saramandaia fará seus discursos empolados e cheios de malabarismo verborrágico para justificar os aumentos. A candidata à reeleição segue pregando o melhor dos mundos econômicos, sempre indicando que seu governo segue a linha capimunista (cheia de intervenções estatizantes nos grandes negócios. Engraçado é que Dilma (e seu Presidentro Luiz Inácio) fazem nenhuma alusão aos problemas do empresário Eike Batista - grande parceiro e financiador de campanha deles, hoje tido como um símbolo negativo da insegurança econômica no Brasil.
Dilma age como uma cega cínica em meio a tiroteio entre diferentes grupos. A Presidenta leva saraivadas de tiros dos empresários. Tenta intermediar a guerra de vaidades entre seu indesejado ministro Guido Mantega (na Fazenda e no comando do Conselho de Administração da Petrobrás) e sua amiga e confidente Maria das Graças Foster (que tenta presidir a estatal de economia mista). Graça é uma domadora de Mantega e do diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa, que agem de forma independente, pois tem interlocução direta com os banqueiros que cuidam do caixa e rolam diariamente a dívida da Petrobrás.
Enquanto os indicadores econômicos conspiram contra o governo – mais até que a ineficaz e incompetente “oposição” política -, a petralhada define uma tática bem clara para a reeleição. Dilma continuará fingindo que é Presidenta. E o Presidentro Lula vai cair mais dentro ainda da campanha. Lula terá uma agenda própria de eventos para cabalar votos para reeleger o PT (não Dilma, necessariamente). Aproveitará para ampliar ainda mais suas parcerias com empresários. No teatrinho armado, Lula ouvirá dos parceiros as críticas contra Dilma, e prometerá interceder para resolver os problemas. Em troca disso, mais financiamentos para campanha. Lula vai cobrar fidelidade dos parceiros, impedindo que, eventualmente, debandem para o lado de Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva.
O jogo está mais que manjado. A Oligarquia Financeira Transnacional, que ameaçou investir em Marina Silva, não dá sinais de rompimento com os esquemas de governo do PT. Assim, Dilma continua sendo uma marionete conveniente para continuar cumprindo o papel de entregar o que resta da economia e das riquezas do Brasil, enquanto pratica um discurso cínico, socialista Fabiano, de vazias promessas sociais e suposto intervencionismo econômico apenas e literalmente “para inglês ver”.
O aumento dos combustíveis, para ganhar por todos os lados, enquanto o cidadão-eleitor-contribuinte paga a conta, é apenas parte do grande teatro rumo à reeleição. O Brasil está um caos em logística, infraestrutura, forças armadas... Mas a opinião pública – e a manipulada opinião publicada – não dão bola para isto. E vêm aí as festas de final de ano, o carnaval de sempre, a Copa do Mundo e a programada festança eleitoral – que renderá ainda mais lucros, em votos e muita grana, para os esquemas da petralhada entreguista.
Assim funciona a governança do crime organizado em Bruzundanga – símbolo do capimunismo, da vagabundagem, da falta de soberania, da impunidade, da imoralidade e infindáveis problemas para os quais não há interesse nem vontade nacional de solucionar. O ilusionismo nas expressões de poder político, econômico e psicossocial só tende a se agravar.
Só um milagre pode salvar o Brasil. Será melhor acreditar nisto e reagir como der e puder? Ou sofrer e morrer afogado no tsunami realista?
Todo dia é dia das Bruxas no Brasil...

 

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
 
01 de novembro de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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