Ilustração do editorial do Grupo RBS |
As reações estão apenas no seu começo. Um exemplo disso é o editorial dos jornais do Grupo gaúcho RBS, que edita entre outros títulos o Diário Catarinense de Florianópolis e o Zero Hora de Porto Alegre. Além disso possui a concessão de transmissão da Rede Globo No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
O teor do editorial está correto. Todavia, sou obrigado a afirmar que o que está acontecendo no Brasil sob o governo imperial do PT, que tem o apoio de todos os grandes grupos empresariais brasileiros, inclusive da RBS - Rede Brasil Sul de Comunicação, que contribuiu para o retorno do PT ao poder no Rio Grande do Sul, a bordo do conhecido stalinista tupiniquim Tarso Genro, um dos chefões nacionais do PT.
E deve-se acrescentar a isso, sem desmerecer essa pujante empresa gaúcha, que já passou da hora de seus proprietários e gestores, de rever a linha editorial de seus veículos fortemente ancorada no pensamento políticamente correto, que serve como a novilíngua do comunismo do século XXI. À diferença dos heróis de Tarso Genro o comunismo do século XXI não deseja mais expropriar todas as propriedades privadas e empresas ou fazer a guerra de guerrilhas, mas associar-se elas construindo uma pareceria que envolve de um lado o setor privado e de outro o erário!
Isto pode ser muito sedutor quando se sabe que os empresários brasileiros sempre foram chegados ao deletério patrimonialismo, locus da confusão entre o público e o privado.
O Brasil entrou no século XXI trepado na charanga petista fazendo o caminho não para o futuro, mas para o passado. O episódio que envolve o grupo empresarial do Sr. Eike Batista é apenas a ponta do formidável iceberg nesse oceano de mensalões e transferências de recursos do erário, via BNDES para Cuba, Angola e também para as demais tiranias comunistas de vizinhos bolivarianos, sem que esses aportes fenomenais de dinheiro público passe pelo crivo do Congresso Nacional. É zero de transparência!
No plano interno, a drenagem de recursos públicos para o setor privado constitui também uma fabulosa caixa preta e que o editorial da RBS, com razão, questiona.
Como afirmei no início deste prólogo, o editorial em pauta é totalmente procedente. Mas não vale fazer de conta que não sabia. Não foi por falta de aviso.
Transcrevo na íntegra o editorial da RBS, que tem por título "A queda da pirâmide", ao que eu acrescento: e bota pirâmide nisso. Leiam:
Mais do que a retumbante queda pessoal do empresário brasileiro apontado pela revista Forbes como o sétimo mais rico do mundo, há apenas um ano, o pedido de recuperação judicial da petroleira OGX, de Eike Batista, representa uma lição para a economia do país. Batista exerceu poder hipnótico sobre um contingente importante de pessoas com poder de decisão, conseguiu convencer investidores brasileiros e estrangeiros de que tinha megaprojetos mágicos e acabou submergindo num pesadelo compartilhado com todos os que, direta ou indiretamente, também saem perdendo com a sua derrocada.
Agora, fica fácil apontar os erros dos projetos, em especial o da OGX, mas há alguns meses o ousado empresário era adulado por governantes e lideranças empresariais que sequer levantavam dúvidas sobre a solidez do seu negócio. O interesse pelo desfecho de seus investimentos, portanto, é também do governo e, por consequência, da sociedade. Há recursos públicos em investimentos do empresário, mesmo que não diretamente na empresa que depende agora de recuperação judicial. O BNDES tem participação diminuta na petroleira e assegura não ter concedido financiamentos à OGX, mas vinha chancelando as operações de Eike Batista, assim como o governo federal, em outras atividades. Não faz muito, a presidente Dilma Rousseff disse em discurso que Eike era um modelo para o empresariado brasileiro.
Por isso, Eike Batista não fracassa sozinho. As lições da quebradeira devem ser assimiladas por quem de alguma forma contribuiu para a sua ascensão e para o seu fracasso. Suas empresas de minério, energia e hotelaria, além de um porto e um estaleiro, sucumbem, basicamente, porque a mais vistosa de todas, a OGX, não atendeu às expectativas criadas por seu controlador. Credores e investidores ficam agora na incerteza de que poderão recuperar pelo menos parte dos recursos apostados no grupo. Os contribuintes, por sua vez, devem ser informados, com toda a transparência, pelas instituições públicas que ofereceram aporte financeiro às empresas. Todos têm o direito de saber qual é a participação estatal, via empréstimos ou participações acionárias, nos negócios que naufragaram com a petroleira.
A solução para as atividades do senhor Eike Batista, se existir, não pode ficar na dependência de socorro oficial. Espera-se também que a crise de credibilidade provocada pelo episódio não contamine a imagem do Brasil junto a investidores e organismos internacionais. E que o fracasso de projetos tão grandiosos não desestimule as ideias e os sonhos dos que movem o empreendedorismo sério e responsável.
Agora, fica fácil apontar os erros dos projetos, em especial o da OGX, mas há alguns meses o ousado empresário era adulado por governantes e lideranças empresariais que sequer levantavam dúvidas sobre a solidez do seu negócio. O interesse pelo desfecho de seus investimentos, portanto, é também do governo e, por consequência, da sociedade. Há recursos públicos em investimentos do empresário, mesmo que não diretamente na empresa que depende agora de recuperação judicial. O BNDES tem participação diminuta na petroleira e assegura não ter concedido financiamentos à OGX, mas vinha chancelando as operações de Eike Batista, assim como o governo federal, em outras atividades. Não faz muito, a presidente Dilma Rousseff disse em discurso que Eike era um modelo para o empresariado brasileiro.
Por isso, Eike Batista não fracassa sozinho. As lições da quebradeira devem ser assimiladas por quem de alguma forma contribuiu para a sua ascensão e para o seu fracasso. Suas empresas de minério, energia e hotelaria, além de um porto e um estaleiro, sucumbem, basicamente, porque a mais vistosa de todas, a OGX, não atendeu às expectativas criadas por seu controlador. Credores e investidores ficam agora na incerteza de que poderão recuperar pelo menos parte dos recursos apostados no grupo. Os contribuintes, por sua vez, devem ser informados, com toda a transparência, pelas instituições públicas que ofereceram aporte financeiro às empresas. Todos têm o direito de saber qual é a participação estatal, via empréstimos ou participações acionárias, nos negócios que naufragaram com a petroleira.
A solução para as atividades do senhor Eike Batista, se existir, não pode ficar na dependência de socorro oficial. Espera-se também que a crise de credibilidade provocada pelo episódio não contamine a imagem do Brasil junto a investidores e organismos internacionais. E que o fracasso de projetos tão grandiosos não desestimule as ideias e os sonhos dos que movem o empreendedorismo sério e responsável.
01 de novembro de 2013
in aluizio amorim
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