E, olha, sem embriagar-se, usar drogas leves ou pesadas, pois nosso cérebro já produz substâncias do prazer e relaxamento. Então, por que somos tão negativistas, preocupados, tensos, sofremos por um futuro antecipado ou nos escravizamos em um passado de lutos, perdas, ódios, mágoas, ressentimentos? E o presente, e essa bela paisagem, esse cheiro delicioso de dama da noite? Esse paladar de um doce caseiro que degustado desmancha na boca enquanto eterniza na minha memória?
SENSAÇÕES
Meus amigos, nós é que construímos a realidade. E o certo é que somos “consumidores” de notícias ruins, de tragédias, de maldades e, do sofá ou da cadeira ou com o celular em mãos, gastamos nossa renda insuficiente comprando mídias para ser testemunhas impassíveis de poderosos corruptos, de atores e atrizes banais desnudos, pegos bêbados em blitz de Lei Seca, ou do crime horroroso de cada dia, das brigas políticas dos mesmos personagens, que de escândalo em escândalo são reeleitos para nos matar de ódio!
Está vendo a lógica? Todos os dias lemos, assistimos, ouvimos um conteúdo catastrófico, negativista do lado mais escuro da natureza humana. E, dentro de nossa mente, pessoas são más, ninguém é confiável, o mundo está perdido, não vale a pena ser bom, honesto, confiável num mundo que os mais desonestos, violentos, corruptos é quem vivem bem, com seus carros importados, iates, viagens internacionais. Com isso, a fé em quem nos lidera em diversas áreas, o incentivo a honestidade, a sensação de que vale a pena a competência, o mérito, enfim, os mais valiosos conceitos e práticas vão sendo desmoronados por um bombardeio de péssimas notícias.
AUTORES
Como diria o psiquiatra francês Henry Ey, “somos sujeitos de nossas ações, autores de nosso personagem, artesãos do próprio mundo”. É hora de mudarmos o disco, de sermos mais coerentes, ter a coragem de assumir que Deus nos criou para a alegria, o prazer, o relaxamento. Se não estamos nesse tipo de realidade, é por pura incompetência! E chega de reclamar de todo mundo! Continuo a afirmar que ser feliz é competência e arbítrio de cada um de nós!
(transcrito de O Tempo)
23 de setembro de 2013
Eduardo Aquino
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