O PT vai investigar denúncias de fraudes em sua eleição interna, marcada para o dia 10 de novembro e que definirá o próximo presidente nacional do partido. A chapa do dirigente nacional Valter Pomar, um dos seis candidatos à presidência, apresentou recursos em que afirma haver suspeitas de que até pessoas mortas foram incluídas na lista de filiados aptos a votar. Outra denúncia é a de que grupos de militantes tiveram suas dívidas com o partido pagas por terceiros para poderem participar da eleição.
As regras do pleito petista afirmam que só podem votar pessoas filiadas há mais de um ano e que estejam em dia com uma contribuição à sigla, de R$ 10 semestrais. O prazo para os pagamentos, que deveriam ser individuais, venceu no dia 30 passado. O número de militantes com a situação regularizada saltou de cerca de 184 mil, no dia 23, para mais de 780 mil, provocando suspeitas de irregularidades. O partido atribui o aumento a uma grande mobilização, com 340 mil pagamentos só no último dia.
Dois dos recursos da chapa "A Esperança É Vermelha", de Pomar, apontam que nas cidades de Colatina e Cariacica, no Espírito Santo, e em uma cidade do Mato Grosso do Sul, não informada, há indícios de pagamentos em massa para filiados, o que era proibido naquele momento. O terceiro recurso apresenta suspeitas de que três pessoas mortas estão na lista de débitos quitados em uma cidade de Minas Gerais, também não divulgada.
Não foram apresentados nomes de autores nem de beneficiários das supostas irregularidades. A Comissão de Organização Eleitoral, composta por sete integrantes de todas as tendências internas do PT, deve se manifestar sobre os casos na segunda. O favorito na eleição petista é o atual presidente, Rui Falcão. Além dele e de Pomar, concorrem ao cargo Paulo Teixeira, Markus Sokol, Renato Simões e Serge Goulart.
(Folha de São Paulo)
06 de setembro de 2013
in coroneLeaks
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