Não dá para não registrar. Hoje temos três exemplos de jornalismo de "m...": Mônica, Miriam e Merval. E todos eles se relacionam com um quarto: o "m" de Marina.
Pelo twitter, em 17 de setembro, Miriam Leitão deu destaque à defesa feita pelo marido, Sérgio Abranches, ao partido de Marina Silva: "bloqueio à democracia".
Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, sai hoje com uma entrevista defendendo José Dirceu, pela enésima vez, ouvindo um jurista que nega a teoria do domínio do fato, mas sem ouvir outro que a considere perfeita para julgar o Mensalão. Não dá o contraponto. Não é jornalismo. É uma jornalista em defesa de um quadrilheiro condenado pelo STF. E que toma esta atitude diuturnamente.
Miriam Leitão, em sua coluna em O Globo, sai em defesa do partido de Marina Silva, usando a mesma estratégia dos seus mais radicais militantes: os cartórios estão perseguindo a Rede, não reconhecendo assinaturas, mesmo que esta seja a lei que valeu para todos os outros partidos formados nos últimos anos. A colunista de economia do jornal carioca chega a ser lamuriosa no seu pedido para que a Justiça ceda lugar aos puros e cândidos interesses da Rede, como se Marina Silva não fosse um exemplo do que existe de mais esperto na política brasileira. Muito mais esperta que o Paulinho da Força Sindical que apresentou as assinaturas exigidas para fundar o seu Solidariedade.
Por fim, Merval Pereira também entra no "movimento suprapartidário de apoio à REDE Solidariedade, o partido que a ex-senadora Marina Silva tenta criar". E relata os índices de rejeição em cidades petistas, sugerindo que exista um movimento partidário contra a fundação do partido, para que a sua dona não enfrente Dilma Rousseff em 2014. Ao final da sua coluna, Merval vaticina: "a previsão é que haja uma forte disputa judicial caso o registro do novo partido seja recusado." Sabe que não vai. Sabe que Marina irá para o PEN e deixará todos os que acreditaram no seu projeto com o pincel na mão.
Este jornalismo de "m..." , cujos exemplos foram postos acima, continua sem fazer uma efetiva checagem nas assinaturas recusadas, indo aos cartórios para verificar se as críticas contra o rigor são fundadas ou não. Preferem acreditar piamente em Marina Silva, como se ela fosse um símbolo de pureza. Não aprenderam, ainda, que é justamente em cima desta imagem que Marina Silva cometeu os maiores desatinos no Ministério do Meio Ambiente e promete uma perseguição implacável contra a agropecuária, o setor que sustenta a combalida economia brasileira. Que a lei seja cumprida. Cartoraço não.
22 de setembro de 2013
in coroneLeaks
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