"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 22 de setembro de 2013

COMUNICAÇÃO E EQUILIBRIO DE FORÇAS



 
Existe algo que nos incomode mais do que não entender o que está acontecendo?
A grande verdade é que a velha máxima de que comunicar é transmitir informação do emissor ao receptor e, quando há problemas nessa transmissão, chamamos de ruído, indica apenas a mecânica, porém não as variáveis desta função.

Ao fazer uma analogia com a teoria dos vasos comunicantes é possível identificar que a real comunicação está no momento em que os dois se nivelam, os dois atingem o mesmo nível de dados (não necessariamente de conteúdo), é o que chamamos de equilíbrio das forças.

Para atingir esse equilíbrio é preciso que exista uma sintonia entre o emissor e o receptor. Essa sintonia está ligada a fatores culturais, sociais, comportamentais e ao nível intelectual do receptor.

No entanto há um último fator preponderante na falta de equilíbrio na comunicação que é o medo de aceitar que não está entendendo. A arrogância intelectual, a teimosia do preguiçoso, a prepotência do que se acha o dono da verdade, a incapacidade da reflexão!

É muito mais fácil criticar aquilo que não foi compreendido do que tentar identificar os múltiplos conteúdos inseridos na comunicação mediante analogia, ironia ou ainda, informação com maior ou menor pressão.

Opinar é fundamental, pois traz uma gama de conhecimento mediante o exercício da dialética, mas, para criticar, é necessário antes entrar em sintonia.
 
22 de setembro de 2013
Fabrizio Albuja é Jornalista e Professor Universitário.

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