"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 8 de setembro de 2013

COREIA E VIETNAM TAMBÉM SERIAM INTERVENÇÕES RÁPIDAS


 
Se o presidente Barack Obama concretizar o ataque militar à Síria, como está anunciando, terá cometido o maior erro de seu mandato, cujas consequências no mundo terão efeitos imprevisíveis.

Acenderão o estopim de um conflito internacional sumamente arriscado. Dizer que o ataque será uma ação rápida representa uma versão que pode se chocar com a realidade.
A ação na Coreia, em 1950, causou uma guerra que durou três anos na qual morreram 61 mil americanos, cujos nomes estão escritos nas pedras da Praça Lincoln, situada entre o Memorial daquele presidente e a Casa Branca.
  

As ações no Vietnam, iniciadas em 1962 pelo presidente Kenedy, acabaram se estendendo por dez anos, até os governos Nixon e Gerald Ford. Da mesma forma que na Coréia, 60 mil americanos perderam a vida nos pântanos do sudeste asiático. Não vale a pena nem citar também o ataque ao Iraque.

Para se ter uma ideia da teia das contradições em que o presidente dos EUA está conduzindo o país, basta focalizar a reação da opinião pública. Segundo noticiou o Jornal de William Bonner e Patrícia Poeta, uma pesquisa divulgada pelo Washington Posto revelou que 70% da população americana são contra qualquer forma de ataque. Tal índice vai contribuir para aumentar a resistência do Congresso, a quem Obama recorreu nitidamente buscando dividir a gravíssima responsabilidade dos atos.
 

O Conselho de Segurança da ONU já manifestou sua oposição frontal. Para tornar mais denso o panorama, matéria de Clóvis Rossi, enviado especial da Folha de São Paulo à Rússia para cobrir a reunião do G-20, revela que o Canal 1 da TV divulgou na noite de quarta-feira, o posicionamento do presidente Putin. Ele anunciou que enviará armamentos ao governo Assad, se Obama desfechar o ataque.
 

A reportagem de Clóvis Rossi foi publicada na edição da FSP de quinta-feira 5. A indústria de armas está torcendo para a explosão de uma nova guerra. Os lucros serão enormes. Tão grandes quanto o desgaste de Barack Obama nos Estados Unidos e no mundo. O Partido Democrata está dividido. O Partido Republicano será beneficiado nas eleições parlamentares de 2014 como reflexo do erro enorme do presidente da nação.

08 de setembro de 2013
Pedro do Coutto

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