Só o camarada flamenguista Xi Jinping parece vencedor prévio e garantido à reeleição. O mito Jair Bolsonaro, que nem completou dois anos de governo e deve estar abalado com a aparente derrota do ídolo Donald Trump, ainda nem sabe se será candidato à reeleição. Tudo é muito prematuro e irresponsável fazer previsões sobre 2022 – exceto na República Popular da China, comandada pelo Partido Comunista.
É infantilidade especular sobre uma aliança de centro-esquerda para formar a chapa Luciano Huck e Sérgio Moro (ou vice-versa). É a dupla dos sonhos da família Marinho, de FHC e de grande parte da mídia amestrada. Outra especulação, de difícil realização, é uma chapa de canhota, com Ciro Gomes e Lula da Silva. Pura piada sem graça.
O cabra segue inelegível... Não há previsão de que tenha seus direitos políticos restabelecidos. Pelo contrário, deve sofrer novas condenações por corrupção. No lucro, o companheiro $talinácio vai curtir a vida boa em algum condomínio de luxo na Bahia. Tudo indica que será premiado com a impunidade até o fim de seus dias. Politicamente, Lula já é um defunto insepulto.
Embora pareça o contrário, Jair Bolsonaro não tem certeza de que será candidato à própria sucessão. Tudo vai depender de alguns fatores fundamentais. O primeiro é o bom desempenho da economia e, principalmente, a sensação psicológica de que isso realmente acontece. O segundo é se a popularidade dele e a avaliação do governo estiverem positivas, principalmente em alta. O terceiro é se ele, somando o primeiro e o segundo, tiver consolidado um apoio partidário consistente. O quarto é se a debilidade da oposição persistir, sem propostas concretas para lançar candidatos com perspectiva e esperança melhores que a de Bolsonaro.
No momento, a conjuntura é muito esquisita e com possibilidades caóticas. O problema econômico é persistente, muito em função da debilidade estrutural do mecanismo estatal, perdulário, corrupto e explorador covarde dos pagadores de impostos – pessoas físicas ou empresas. Além disso, apesar da redução de casos, o pandemônio do mortal coronavírus continua causando medo. Aqui no Brasil, ainda não há previsão de uma “segunda onda” da pandemia. No entanto, a percepção de insegurança continua bem marcante. O terrível 2020 nem acabou e 2021 já é uma grande incógnita.
O mais importante é deixar claro que é prematuro e até leviano especular sobre 2022, na confusa e incerta conjuntura atual. O que influencia hoje a eleição municipal pode não afetar o pleito de 2022. A tendência é que o eleitorado continue prestigiando candidaturas de centro direita. Ainda é muito vivo o trauma causado pela má e corrupta gestão da esquerda, na Era PT/PMDB, sobretudo a partir do segundo mandato da Dilma Rousseff.
Nas condições presentes, Jair Bolsonaro tem uma semelhança com seu ídolo Donald Trump. Ele perde a eleição mais para ele mesmo do que para a competência dos adversários. A esquerda projeta se disfarçar de “centro”, aliando-se a alguém que tenha uma identificação forte com uma narrativa conservadora – o caso da dupla Luciano Huck e Sérgio Moro. Só os levianos ousariam garantir que tal manobra dará certo.
O eleitor já não é tão otário quanto antes...
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