O governador do estado americano de Missouri, Mike Parson, assinou uma lei que proíbe o aborto durante ou até a oitava semana de gravidez em todos os casos possíveis. A referida lei entrará em vigor no dia 28 de agosto deste ano, informa a FOX News.
Tal decisão acontece praticamente uma semana depois de o estado do Alabama aprovar uma lei no mesmo sentindo. Cabe ressaltar que o Alabama é governado por uma mulher, a republicana Kay Ivey. A pena para quem descumprir a lei no referido estado pode chegar a 99 anos de prisão.
É deveras perceptível que há uma onda conservadora contra o aborto nos Estados Unidos. Tal luta já vinha sendo travada no campo cultural, mas agora encontra eco no campo judicial e também no campo político. O movimento conservador americano tomou de vez o Partido Republicano com Ronald Reagan na década de 1980, e depois dos Bush, parece ter em Donald Trump um ótimo representante. Tanto é que Trump participou ativamente da última marcha pró-vida nos EUA.
Para um melhor entendimento da questão, faz-se necessário conhecer como o aborto nos EUA foi legalizado. E já adianto logo que foi da forma mais baixa e torpe possível.
A história é mais ou menos assim: duas advogadas recém-formadas na Universidade do Texas queriam de qualquer forma atacar a lei que proibia o aborto no estado do Texas. Para isso, precisavam de algum pretexto para realizar tal tarefa. Conseguiram uma ‘’cliente’’ para a tarefa: Norma McCorvey, que dizia estar grávida por ter sido supostamente estuprada por uma gangue. Enquanto isso, a criança nasceu e foi colocada para doação. Em 1973, a Suprema Corte americana entendeu que Norma teria o direito de ter aborto, e em uma decisão infame liberou o aborto para todo o país – passando por cima das legislações estaduais.
A farsa foi à tona em 1987, quando Norma admitiu que não estuprada, e que na verdade foi paga pelas duas advogadas do caso para mentir. A decisão que legalizou o aborto nos EUA foi tomada como base em uma mentira – fato que os progressistas sempre escondem ou nunca admitem quando o tema é tratado.
Também é omitida a real intenção da esquerda americana em defender o aborto. Sua relação podre com a eugenia é um fato. Tanto é que uma das primeiras feministas a defender o aborto como método para diminuir a população negra americana foi Margareth Sanger, fundadora da Planned Parenthood, aquela organização abortista envolvida em inúmeros escândalos relacionados ao tema.
A Planned Parenthood está a sofrer diversos cortes de financiamento no governo Trump. Em números de 2017, a organização abortista recebia do governo federal americano certa de US$ 530 milhões. Uma norma do ex-presidente Barack Obama tentava desencorajar estados que cortassem a nível estadual tal financiamento. Donald Trump encerrou em 2017 os contratos do governo com a organização, fazendo valer a política de não financiar entidades abortistas do governo Ronald Reagan, ignorada por Obama.
Mesmo assim, há dúvidas até onde essa onde guerra conservadora pode chegar. O caminho mais provável é uma tentativa de reverter a decisão na Suprema Corte. Depois da indicação do juiz Brett Kavanaugh, a Suprema Corte ficou com uma maioria conservadora. Ele e seu colega, o juiz Clarence Thomas, são os maiores defensores de uma revisão de Roe vs Wade, a infame liberação do aborto.
Como foi noticiado na RENOVA, o filme pró-vida Unplanned foi um sucesso de bilheteria nos EUA – isso mesmo depois de sofrer boicote da grande mídia americana. Esse tipo de ação mostra o quanto o assunto está presente de fato nos grandes debates americanos e como os conservadores daquele país estão propagando bem suas ideias.
Algumas atitudes erradas fazem parte da história de qualquer nação ou comunidade. A reparação de tal atitude só pode acontecer com a proibição da mesma. No caso do aborto, a única reparação possível em nome dos milhares de bebês assassinados é a proibição de uma prática nefasta que demonstra um grande regresso civilizacional – e não o contrário. Mike Parson e Kay Ivey merecem muitos elogios por suas atitudes corretas e pela coragem de não ceder ao politicamente correto. Ficar ao lado da vida em tempos estranhos é um desafio.
03 de junho de 2019
Tal decisão acontece praticamente uma semana depois de o estado do Alabama aprovar uma lei no mesmo sentindo. Cabe ressaltar que o Alabama é governado por uma mulher, a republicana Kay Ivey. A pena para quem descumprir a lei no referido estado pode chegar a 99 anos de prisão.
É deveras perceptível que há uma onda conservadora contra o aborto nos Estados Unidos. Tal luta já vinha sendo travada no campo cultural, mas agora encontra eco no campo judicial e também no campo político. O movimento conservador americano tomou de vez o Partido Republicano com Ronald Reagan na década de 1980, e depois dos Bush, parece ter em Donald Trump um ótimo representante. Tanto é que Trump participou ativamente da última marcha pró-vida nos EUA.
Para um melhor entendimento da questão, faz-se necessário conhecer como o aborto nos EUA foi legalizado. E já adianto logo que foi da forma mais baixa e torpe possível.
A história é mais ou menos assim: duas advogadas recém-formadas na Universidade do Texas queriam de qualquer forma atacar a lei que proibia o aborto no estado do Texas. Para isso, precisavam de algum pretexto para realizar tal tarefa. Conseguiram uma ‘’cliente’’ para a tarefa: Norma McCorvey, que dizia estar grávida por ter sido supostamente estuprada por uma gangue. Enquanto isso, a criança nasceu e foi colocada para doação. Em 1973, a Suprema Corte americana entendeu que Norma teria o direito de ter aborto, e em uma decisão infame liberou o aborto para todo o país – passando por cima das legislações estaduais.
A farsa foi à tona em 1987, quando Norma admitiu que não estuprada, e que na verdade foi paga pelas duas advogadas do caso para mentir. A decisão que legalizou o aborto nos EUA foi tomada como base em uma mentira – fato que os progressistas sempre escondem ou nunca admitem quando o tema é tratado.
Também é omitida a real intenção da esquerda americana em defender o aborto. Sua relação podre com a eugenia é um fato. Tanto é que uma das primeiras feministas a defender o aborto como método para diminuir a população negra americana foi Margareth Sanger, fundadora da Planned Parenthood, aquela organização abortista envolvida em inúmeros escândalos relacionados ao tema.
A Planned Parenthood está a sofrer diversos cortes de financiamento no governo Trump. Em números de 2017, a organização abortista recebia do governo federal americano certa de US$ 530 milhões. Uma norma do ex-presidente Barack Obama tentava desencorajar estados que cortassem a nível estadual tal financiamento. Donald Trump encerrou em 2017 os contratos do governo com a organização, fazendo valer a política de não financiar entidades abortistas do governo Ronald Reagan, ignorada por Obama.
Mesmo assim, há dúvidas até onde essa onde guerra conservadora pode chegar. O caminho mais provável é uma tentativa de reverter a decisão na Suprema Corte. Depois da indicação do juiz Brett Kavanaugh, a Suprema Corte ficou com uma maioria conservadora. Ele e seu colega, o juiz Clarence Thomas, são os maiores defensores de uma revisão de Roe vs Wade, a infame liberação do aborto.
Como foi noticiado na RENOVA, o filme pró-vida Unplanned foi um sucesso de bilheteria nos EUA – isso mesmo depois de sofrer boicote da grande mídia americana. Esse tipo de ação mostra o quanto o assunto está presente de fato nos grandes debates americanos e como os conservadores daquele país estão propagando bem suas ideias.
Algumas atitudes erradas fazem parte da história de qualquer nação ou comunidade. A reparação de tal atitude só pode acontecer com a proibição da mesma. No caso do aborto, a única reparação possível em nome dos milhares de bebês assassinados é a proibição de uma prática nefasta que demonstra um grande regresso civilizacional – e não o contrário. Mike Parson e Kay Ivey merecem muitos elogios por suas atitudes corretas e pela coragem de não ceder ao politicamente correto. Ficar ao lado da vida em tempos estranhos é um desafio.
03 de junho de 2019
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