Ao que tudo indica, Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25 anos, eram frequentadores do Dogolachan, um dos mais conhecidos fóruns de disseminação de ódio e incitação a crimes que opera no submundo da internet — a famosa “deep web”.
Na manhã desta quarta-feira (13), os dois invadiram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, e praticaram um massacre contra estudantes e funcionários.
Um promotor do júri e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ambos do Ministério Público, querem saber se os assassinos foram incitados ao crime por membros do fórum Dogolachan na deep web.
O grupo obscuro não pode pode ser encontrado por buscadores como o Google. O acesso ao fórum precisa ser intermediado por uma rede chamada “Tor”, que busca garantir o anonimato do responsável pelo site e todos os visitantes.
Segundo o G1, o procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, afirmou:
“A gente tem notícia de que os assassinos se comunicavam pela ‘deep web’ com outras pessoas. Isso portanto precisa ser investigado para se verificar se há uma organização criminosa atuando por trás da ação que cometeram.”
Segundo informações obtidas nos computadores dos assassinos, eles acessaram a “deep web” e buscaram informações sobre massacres cometidos em escolas americanas.
“Muito obrigado pelos conselhos e orientações … esperamos não cometer esse ato em vão”, teria escrito um dos assassinos dois dias antes do massacre em Suzano, no fórum Dogolachan na deep web.
14 de março de 2019
renva mídia
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