“O apego ao dinheiro e ao poder são um vício”. O Vício de “Roubar”. A Compulsão pela Corrupção. O descontrole da Vaidade. A vocação para participar, politicamente, da organização do Crime. O cinismo de mentir o tempo todo, porém, quando convém, falar alguma verdade em busca de salvação. A tentativa canalha de posar de “doente” para conseguir alguma redução de pena. O despudor de teatralizar um questionável sentimento de “vergonha” por tudo de errado que fez. A cara de pau de sequer admitir alguma vontade em devolver o que “roubou” – uma fortuna incalculável que deve estar muito bem malocada em vários paraísos fiscais do Planeta Terra.
Eis o conjunto da hedionda obra criminosa de Sérgio Cabral Filho. Depois do Presodentro Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-governador do Rio de Janeiro figura como um dos mais ilustres condenados por corrupção na Lava Jato que tanto apavora a Oligarquia Bandida do Brasil.
O depoimento de Cabralzinho ao juiz Marcelo Bretas é uma legitima peça de escrotidão política. Sem o menor pudor, fingindo arrependimento, o bandido dedura alguns antigos “amigos” e aliados. O objetivo claro é produzir um faketóide judasciário. A tática é da vingança, gerando novos alvos para compartilhar o inevitável degredo.
Cabral não descobriu a corrupção. O longo tempo em que se locupletou em negociatas promovidas pelo uso e abuso do poder político apenas comprova a falência do modelo estatal Capimunista Rentista do Brasil.
Por muitos anos, Cabral foi um Senador abençoado e, muito certamente, remunerado nos bastidores, para defender os interesses do sistema financeiro no Congresso Nacional.
Desde os tempos de deputado e presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Cabral foi uma das lideranças do Crime Institucionalizado que assaltou a administração pública.
Tem culpa Cabral? Claro... E tem dolo também... No entanto, é fundamental ressaltar que Cabral e outros políticos afins só agiram porque a modelagem estatal brasileira existe para permitir o regime da roubalheira.
No caso, o Crime Institucionalizado cumpre a “missão” de tornar o País inviável, subdesenvolvido. A bandidagem não é a causa do Estado-Ladrão. Ela é mera conseqüência do famoso “Mecanismo”. Ele domina todos os poderes republicanos.
Temos três novidades. Primeiro, o povo resolveu gritar contra a corrupção, depois que descobriu que ela é um dos grandes males do Brasil. Segundo, os bandidos resolveram abrir o bico, revelando verdades ou fabricando deduragens que podem até ser mentirosas, porém atingirão inimigos que se desarticularam. Terceiro, perigosamente impopular, o Judiciário terá de passar por uma reformulação profunda, pois também se tornou alvo de suspeitas e perigosas evidências de ligações diretas com o sistema de corrupção.
O Brasil vive tempos urgentes de revisão. O setor público, que explora o privado e escraviza o indivíduo brasileiro, terá de ser reinventado. Se isto não ocorrer por bem, corre risco concreto de acontecer na base da porrada.
Corrupção, violência e impunidade, somadas, inviabilizam o crescimento econômico e o desenvolvimento de uma Nação rica, porém mantida artificialmente na miséria, para cumprir a maldição de ser uma eterna colônia de exploração. Os bandidos de todas as classes sociais são agentes que cumprem a missão de inviabilizar o Brasil.
Acontece que tal situação saiu de controle dos operadores criminosos. Justamente por isso as mudanças são inevitáveis e inadiáveis.
È preciso colocar ordem sobre o caos brasileiro. Um Brasil fora de controle desequilibra o mundo. Assim, só resta uma profunda faxina institucional e a implantação de um modelo estatal realmente Capitalista, preferencialmente democrático e que respeite os livres empreendedores daqui e do exterior.
O eleitorado brasileiro e os prejudicados pelo Mecanismo (aqui e lá fora) elegeram Jair Bolsonaro e Antônio Hamilton Mourão para iniciarem o processo de mudança do Brasil – que não acontecerá por milagre e exigirá muito trabalho e seriedade dos segmentos esclarecidos da sociedade brasileira.
O vício de roubar precisa ser substituído pela virtude de estudar, trabalhar e produzir para gerar e distribuir riquezas com Democracia, Liberdade e Justiça.
Assim, devem ser neutralizados e punidos com todos os rigores da Lei, sem perdão, todos aqueles que estiverem contra esse objetivo maior.
Eis a missão básica de um Governo que tem quase 70 oficiais das Forças Armadas em postos-chaves da administração pública federal, direta e indireta. Praticar boa governança – sem roubar e nem deixar roubar –, integrando as ações ministeriais, é o mínimo que se espera deles.
Se falharem, o Brasil vai mergulhar em uma guerra civil que levará à desintegração do território e do patrimônio nacional, arrasando com um povo que, histórica e culturalmente, foi conduzido ao fracasso social, à exploração econômica e ao subdesenvolvimento político.
Por tudo isso, a prioridade não deve ser um mero plano de reformas. O atalho para mudanças estruturais começa com a transformação do modelo político e de representação. O Voto Distrital é imprescindível. Também são inadiáveis a redução do número de parlamentares e a drástica diminuição dos gastos com as casas legislativas. Outro avanço será o “recall” (direito de tirar o político que traiu seus compromissos de campanha).
Comecemos por aí, o resto é conseqüência. Se os políticos e os ladrões não quiserem, pressão legítima neles... O resto será consequência... O debate não pode ser postergado.
Responsabilidade dos Controladores
O INRE – Instituto Nacional de Recuperação Judicial promove no próximo dia 14 de março, o seminário “Aspectos da Responsabilidade do Controlador nos Casos Petro e Vale”.
Será a partir das 8h 30min até 11h da manhã, no auditório da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) - Praça Antonio Prado, 48, 3º andar, Centro - São Paulo – SP
Painel 1 – As dificuldades para responsabilização dos adminstradores – Palestrante: Mauro Rodrigues da Cunha, Presidente da Amec (Associação de Investidores no Mercado de Capitais).
Painel 2 – A lei 6.404/76 e a ação coletiva – Palestrante: Fernando Kuyven, Advogado, Professor de Direito da Universidade Mackenzie e sócio do Escritório Modesto Carvalhosa.
Inscrições online: www.inre.com.br - Preço promocional R$ 100,00 (até 28/02) - Sócios INRE: R$ 50,00 - Vagas limitadas.
Bola da vez
O consagrado apresentador e locutor esportivo José Carlos Araújo, o Garotinho, será o entrevistado de sábado, às 23 horas, no programa Bola da Vez, no canal ESPN.
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
27 de fevereiro de 2019
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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