Após consecutivas derrotas no Supremo, o PT concentra as esperanças de tirar Lula da cadeia na retomada do debate sobre a prisão após condenação em segunda instância. Mas os sinais emitidos pelo próximo presidente do STF, o ministro Dias Toffoli, devem desanimar a sigla. Interlocutores do magistrado dizem que ele não está disposto a trazer o assunto à tona assim que assumir o comando do tribunal, em setembro —e muito menos antes da conclusão da disputa eleitoral.
Com isso, as fichas do PT estão depositadas na ação apresentada pelo PCdoB ao Supremo logo após a prisão de Lula, em abril. Os advogados que acompanham a iniciativa ainda acreditam que o ministro Marco Aurélio Mello possa levar o tema à mesa. Dentro do tribunal, colegas do magistrado duvidam.
CANDIDATO VIRTUAL – A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, entregou a Lula parecer que aponta os passos para registrá-lo, mesmo preso, na corrida eleitoral.
O PT discute esta semana detalhes dos atos de lançamento da candidatura. Há até a proposta de projetar um holograma do petista nos comícios e na propaganda gratuita pela TV.
10 MEDIDAS – Uma ala do Senado voltou a trabalhar para convencer o presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), a pautar a versão aprovada pela Câmara do projeto conhecido como “10 medidas contra a corrupção“. O texto, inicialmente apresentado pelo Ministério Público Federal, foi profundamente modificado pelos deputados.
A versão da Câmara incluiu iniciativas de combate ao abuso de autoridade. O projeto estabelece que magistrados não podem falar fora dos autos e prevê punições para atuação político-partidária.
Como há receio da repercussão, um caminho seria votar a proposta após a eleição.
15 de maio de 2018
Daniela Lima
Folha/Painel
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