"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

TEMER CONVOCA UMA REUNIÃO DE LIDERANÇAS PARA TENTAR RECOMPOR A BASE ALIADA

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Charge do Angeli (Folha)
O presidente Michel Temer vai convidar os líderes da base aliada na Câmara para discutir uma pauta comum de projetos que podem ser votados nos próximos meses. A ideia é ampliar o protagonismo dos deputados na construção dessa agenda para tentar reconquistar o apoio dos partidos a seu governo.
Temer deve receber os líderes partidários para uma reunião no início da noite de segunda-feira (dia 6). Antes disso, o peemedebista quer conversar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que é o responsável pela definição da pauta de votações da Casa.
REAPROXIMAÇÃO – Em um gesto de reaproximação com Maia e com os deputados, o Palácio do Planalto vai apoiar projetos de iniciativa de parlamentares para as áreas da saúde e da segurança pública. Uma das propostas é o texto que reorganiza o setor dos planos de saúde.
Com esse movimento, o governo espera recuperar o apoio das siglas que compõem sua base de sustentação. O Planalto observou a dispersão das bancadas desses partidos na Câmara na votação da segunda denúncia contra Temer, no fim de outubro, quando apenas 251 dos 513 deputados se posicionaram a favor do presidente — na primeira votação, em agosto, foram 263 votos a seu favor.
RELAÇÃO COM MAIA – Temer busca também distensionar sua relação com Rodrigo Maia. O presidente da Câmara entrou em choque com o Planalto em diversas ocasiões nos últimos meses e criticou, por exemplo, o excesso de medidas provisórias editadas pelo governo, sem negociação com o Congresso.
Ao construir uma pauta consensual, Temer quer abrir caminho para aprovar também as medidas de ajuste fiscal que são consideradas impopulares, mas essenciais para seu governo. As principais são a reforma da Previdência e o pacote de medidas provisórias adia o reajuste de servidores e aumenta a contribuição previdenciária do funcionalismo.
As mudanças na Previdência ainda enfrentam resistência na base aliada, principalmente devido à proximidade com as eleições que renovarão os mandatos dos deputados. Além disso, os partidos se recusam a discutir o assunto enquanto Temer não fizer uma redistribuição de cargos no primeiro escalão do governo.
AMBIENTE – Para o ministro Antonio Imbassahy, articulador político do Planalto, o governo já observa um ambiente mais favorável do que há duas semanas, quando empenhava seus esforços para derrotar a denúncia contra o presidente.
Ele afirma que a prioridade de Temer será discutir a agenda do país com deputados e senadores. “Desde que tomou posse, o presidente disse que governaria com o Congresso, e não foi diferente. Ele sempre compartilhou as vitórias com os deputados e senadores. Ele vai continuar nesse caminho.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Temer vai se curvar perante Rodrigo Maia, que se tornou uma espécie de Senhor dos Anéis, e o presidente da Câmara vai repetir que apoia as reformas, mas não apoia o governo. Aconselhado pelo pai Cesar Maia, o filho Rodrigo sabe o que fazer para ir se descolando de Temer aos poucos. Se Doria for candidato pelo DEM, Maia estará na oposição. Se Doria desistir, Maia apoiará Meirelles e ficará numa oposição mitigada. Não há dúvida de que está se posicionando com habilidade e vai fortalecer o desfalecido DEM.(C.N.)


07 de novembro de 2017
Bruno Boghossian e Angela Boldrini

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